CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 7 de junho de 2025

- Há 50 anos: Portugal acusado de favorecer o MPLA nos sangrentos combates de Carmona e Uíge!

O ELNA, exército da FNLA de Holden Roberto, quis, há 50 anos,
fazer-se «dono» da cidade de Carmona e de todo o Uíge
 

Os graves e trágicos incidentes de Carmona de há 50 anos ainda faziam levedar ódios pela terra uíjana do norte de Angola, já seis dias passados - desde a sangrenta madrugada do dia 1 de Junho de 1975, um domingo.
A 7 de Junho imediatamente seguinte, era já certo que «as forças do MPLA foram expulsas, recolhendo aos quartéis portugueses». Recolhidos não só os militares do MPLA/FAPLA da guerrilha urbana dos movimentos angolanos, como muitos civis, de todas as raças, cores e credos 
Parada do BC12, há 46 anos: a evacuação
de refugiados do BC12 em autocarros civis 
e com proteção do BCAV. 8423
políticos. Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 823 não faziam distinção. Qualquer que fosse.

Refugiados no BC12 com 
proteção do BCAV. 8423 

As forças do MPLA, em termos de combatentes, formavam as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola - as FAPLA do presidente Agostinho Neto! Pelo Uíge, derrotadas pelo Exército de Libertação Nacional de Angola, o ELNA da FNLA de Holden Roberto.
«Tudo o que se possa considerar simpatizante ou combatente do MPLA foi expulso do distrito», reporta o livro «História da Unidade», acrescentando que «no melhor dos casos» era a expulsão, porque, precisa do documento, «noutros há a citar algumas dezenas de mortos».
Centenas, diríamos nós! Milhares, quiçá!
Isto, enquanto dirigentes da FNLA - a força armada/movimento ganhadora da região - acusavam as NT (ali, exclusivamente os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423) de comportamento discricionário e partidário, questionando, até, a proteção dada à população civil que se refugiara no BC12. Mais de um milhar, talvez 2000, nunca se saberá ao certo!
Aumentavam, entretanto, os problemas de abastecimento, agudizados por «estarem cortadas as ligações rodoviárias com Luanda», como noticiava o «Diário de Lisboa» desse dia.
O abastecimento (militar) era feito, por esta altura, por aviões da Força Aérea Portuguesa, transportando toneladas de mantimentos para militares e civis do Uíge.
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