Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa,
foram à água, para abastecimento do quartel: Soares,
Mendes, Abrantes e Teodósio. Ao volante, o Martins!
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Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 encararam com grande expectativa a Cimeira de Nairobi, entre o MPLA, a FNLA e a UNITA e que começou a 16 de Junho de 1975. Há 45 anos!
Jornadeando, a esse tempo, por Carmona e outras localidades (e estradas) do Uíge, os militares do BCAV. 8423 expectavam o futuro próximo com optimismo e muita confiança.
A grande novidade do dia foi a participação de Daniel Chipenda na cimeira, enquadrado na Delegação da FNLA de Holden Roberto - ele que, e citamos o Diário de Lisboa, «durante muito tempo funcionou como dirigente de uma facção do MPLA - a Revolta do Leste». Só que, assim, «acabaria por se integrar no seio do adversário tradicional».
«A presença de Chipenda não é bem vista por alguns sectores progressistas», referia o vespertino de Lisboa.
Notícia do Diário de Lisboa de 16 de Junho de 1975, com notícias da Cimeira de Nairobi |
A situação era
bastante calma !
A tensão vivida nos últimos dias, em Luanda, parecia desanuviar-se.
«A situação é bastante calma, em todo o território, estando naturalmente as atenções concentradas nos resultados da Cimeira», anotava o jornal da capital portuguesa, acrescentando, todavia, que «continuam a haver problemas com as colunas de abastecimento e evacuações que se dirigem para o norte» de Angola.
Norte que era o espaço onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e esperava os necessários reabastecimentos, devido às já aqui faladas «carências logísticas» que se faziam sentir, nomeadamente a partir dos incidentes da primeira semana de Junho de há 45 anos.
As forças do MPLA controlavam o tráfego na zona do Caxito e segundo o DL de 16 de Junho de 1975, «mostram-se renitentes na sua passagem, uma vez que pensam que seja possível que as mesmas colunas sirvam de algum modo para fornecer as forças da FNLA». A situação levou a que o comandante Monstro Imortal se deslocasse ao Caxito «numa tentativa de resolver a situação».
A morte do atirador
Manuel Leal do PELREC
O soldado Manuel Leal da Silva, atirador de Cavalaria da CCS faleceu, de doença súbita, a 18 de Junho de 2007. Há 13 anos!
Cavaleiro do Norte do PELREC, era um dos poucos já casado da Companhia e pai, pai pela segunda vez no decorrer da jornada africana do Uíge angolano. Foi militar sem medos, disciplinado e sempre colaborante.
A 17 de Junho de 2007 e na sua casa, sentiu-se mal, avisou a mulher que se ia deitar, descansou e levantou-se pouco depois, por se sentir melhor, e logo caiu, fulminantemente, já morto. Morava em Caxaria, no concelho de Pombal.
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
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