A cidade de Carmona, actual Uíge e capital desta província angolana, era, há 45 anos e por estes dias desse Junho de 1975, era ainda um campo vivo de sangrentos combates, confrontando-se directamente as forças armadas da FNLA de Holden Roberto e o MPLA de Agostinho Neto.
Os dois movimentos eram, com a UNITA (praticamente inexistente nas terras uíjanas), os alegados combatentes da independência de Angola mas, pela terra uíjana (e noutras) andavam brutalmente envolvidos em violentas lutas, nalguns casos corpo-a-corpo, que resultaram em centenas ou milhares de mortos - nunca ninguém saberá... -, enlutando a terras e os chãos uíjanos.
O ministro N´Gola Kabangu, do Interior e dirigente da FNLA, voou a 4 de Junho de 1975 de Luanda para a capital do Uíge para, segundo o Diário de Lisboa, que citamos, «controlar as forças do seu partido». Sem grande êxito, valha a verdade. E mesmo assim, continuava «o êxodo das populações civis da região».
Holden Roberto e N´Gola Kabangu, presidente e dirigente da FNLA |
Carmona com ambiente tenso
e sem mantimentos
O dia 5 de Junho de 1975, hoje se fazem 45 anos, era uma quinta-feira, já íamos por Carmona no 5º. dia de confrontações e «o ambiente continua(va) tenso», embora, como noticiava o Diário de Lisboa dessa tarde, «não houve quaisquer incidentes na noite de ontem para hoje». Problema, e grave, era a falta de abastecimentos. A cidade uíjana, na verdade, estava «privada de mantimentos», relatava o DL. E isso era, 0bviamente um grave problema.
Enquanto isso, ainda não tinham terminado as operações de recolha dos feridos, que estavam a ser evacuados para os hospitais de Luanda. O de Carmona estava mais que sobrelotado. E contavam-se os mortos, mas... sabe-se lá quantos!
O ministro N´Gola Kabangu, agora acompanhado pelo general Ferreira Macedo (comandante militar português em Angola), continuava na cidade, ponde chegara no dia 2, e terá ordenado aos combatentes da FNLA (o seu partido) para «evitarem confrontações na cidade e cooperarem com as forças militares portuguesas e da UNITA».
Barroso de Zalala, 68
anos em Vila do Conde !
O soldado Manuel Joaquim Faria Barroso, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, em Zalala, comemora 68 anos a 6 de Junho de 2020.
Cavaleiro do Norte do capitão miliciano Davide Castro Dias, passou depois por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, sempre integrando o grupo de combate do alferes miliciano Mário Jorge de Sousa, especialista de Operações Especiais (Rangers) com os furriéis milicianos Victor Costa e os já falecidos Évora Soares e Baldy Pereira.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se em Vila do Conde, onde, agora já aposentado. foi comerciante de legumes e frutas.
É para lá e para ele que vai o nosso abraço de parabéns!
Manuel Barroso |
Barroso e Pimenta (falecido 7 de Janeiro de 2020), dois «zalalas» de Vila do Conde |
Barroso de Zalala, 68
anos em Vila do Conde !
O soldado Manuel Joaquim Faria Barroso, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, em Zalala, comemora 68 anos a 6 de Junho de 2020.
Cavaleiro do Norte do capitão miliciano Davide Castro Dias, passou depois por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, sempre integrando o grupo de combate do alferes miliciano Mário Jorge de Sousa, especialista de Operações Especiais (Rangers) com os furriéis milicianos Victor Costa e os já falecidos Évora Soares e Baldy Pereira.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se em Vila do Conde, onde, agora já aposentado. foi comerciante de legumes e frutas.
É para lá e para ele que vai o nosso abraço de parabéns!
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