CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 24 de junho de 2020

5 098 - Comandante no CSU e Cavaleiros do Norte nas matas uíjanas!

Condutores e mecânicos do Parque-Auto da cCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, no Quitexe.
Era comandado pelo alferes miliciano António Albano Cruz (ao centro  e de camisola branca), com o

 1º sargento Joaquim Aires (à sua direita, de óculos) e pelo furriel miliciano Norberto Morais (à sua
esquerda e também de óculos)
Operacionais da Secretaria da CCS, no Quitexe: 1ºs.
cabos Vasco Vieira e Miguel Teixeira e furriéis mili-
cianos Brogueira Dias e José Monteiro. Em baixo,
o 1º. cabo João Manuel Pires

O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante do BCAV. 8423,  deslocou-se à cidade de Carmona no dia 24 de Junho de 1974, há 46 anos e para «estabelecimento de contactos operacionais» no Comando do Sector do Uíge (CSU).
A operação «Castiço DIH» continuava no terreno, pelas matas, picadas e trilhos do Uíge fora, galgando territórios desconhecidos e totalmente novos, nos quais, a cada canto e de qualquer lado, poderiam sair perigos que enlutassem a unidade que uma semana antes tinha chegado ao Quitexe. E a Zalala, Aldeia
Os furriéis Neto e Viegas no
«meio» de  uma operação
em terras do Uíge em 1974
Viçosa e Santa Isabel, a Luísa Maria.
A operação era a estreia operacional dos Cavaleiros do Norte de todas as subunidades do BCAV. 8423 - e de Luanda chegavam notícias da constituição de um Comité de Acção Política (CAP) de apoio ao MPLA, formado por 
vários nacionalistas angolanos.
O objectivo deste CAP era «consciencializar as massas trabalhadoras com vista à independência de Angola». Envolvia personalidades como Aristides Van-Dunen, Frederico Colombo e Álvaro Pereira Africano, Noé Saúde, Hermínio Escórcio  e Horácio Braz Silva, Adolfo João Pedro, Arlindo Sousa e Silva, David Aires Machado, Manuel Pedro Pecavira e Roberto Victor de  Almeida.
Condutores da CCS, no Quitexe.
Atrás, Alves e Canhoto. À frente,
Delfim Serra, Picote e Gonçalves  

Bandos de marginais
armados em Luanda !

Um ano depois, uma terça-feira (no dia 21 de Junho de 1975) e depois do acordo de sábado anterior, «o período de acalmia que se vivia em Luanda é (era) de vez em quando quebrado por tiroteios esporádicos e alguns rebentamentos de morteiros nos Bairros Operário, Vila Alice e Marçal».
O acordo tinha sido celebrado entre o MPLA, a FNLA e a UNITA, na Cimeira do Quénia, e além destes incidentes, aconteciam também, assim noticiava a imprensa local (a de Luanda), «actuações de bandos de marginais armados, e, nalguns casos, usando uniformes de movimentos de libertação»
Um comunicado do Alto Comissário Português, que a esse tempo era o general António da Silva Cardoso, referindo-se a estes e outros incidentes da capital angolana, dava conta que tinham «reflexo no comportamento da população, que vive em constante instabilidade psicológica».

O condutor Delfim Serra e esposa, 
no encontro de Santarém 2018

Serra, condutor do Quitexe,
68 anos em S. Pedro da Cova!

O condutor  de Sousa Serra, da CCS do BCAV. 8423, festeja 68 anos no dia 25 de Junho de 2020!
Cavaleiro do Norte do Parque-Auto, morava ao tempo na Rua do Poço de Fátima, em S. Pedro da Cova, concelho de Gondomar, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, concluída a missão que cumpriu por terras do Uíge angolano, no Quitexe e em Carmona - antes de chegarmos a Luanda e a Lisboa.
Formou família, por lá trabalhou e se aposentou, morando agora na Rua das Mimosas e não faltando a um encontro da CCS, sempre acompanhado da sua «mais-que-tudo». Vamos ver se ainda no acharemos em 2020. Para S. Pedro da Cova vai o nosso abraço de parabéns!

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