CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 20 de junho de 2020

5 093 - A primeira operação dos Cavaleiros do Norte pelas matas do Uíge!

Cavaleiros do Norte do PELREC. Tiveram a sua estreia operacional no dia 20 de Junho de 1975,
pelas matas da Baixa do Mungage, em chão uíjano da terra angolana. Com todas as subunidades
do BCAV 8423, por outras áreas a sua ZA 
Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, todos de
transmissões: furriel Nelson Rocha, NN e 1ºs. cabos 
Abel Felicíssimo (1ª. CCAV.) e João Estrela


Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 tiveram a sua estreia operacional há justamente 46 anos, no dia 20 de Junho de 1974. 
A operação denominou-se «Castiço DIH» e iniciou-se às 4 horas da madrugada, envolvendo «todas as subunidades orgânicas do BCAV. 8423». - que palmilharam trilhos e picadas uíjanas com os medos de ocasião, mas determinados a, corajosamente, cumprir a missão que os levou à jornada africana do norte de Angola.
Foi a primeira grande incursão dos Cavaleiros do Norte pelas picadas, trilhos e matas do Uíge angolano e desenvolveu-se «ao longo de quatro fases» e, segundo o livro «História da Unidade», apenas «veio a terminar só em Julho»
«Não se viu grande compensação do esforço desenvolvido pelas NT, pois que salvo uma emboscada sem consequências no Tabi, só teve por reacção do IN a materialização de tiros de aviso», relata o HdU.
Felizmente, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 não tiveram quaisquer baixas, sequer feridos. Como em toda a missão que os levou a Angola!
Combatentes da 41ª. Companhia de Comandos,
em 2017. O PELREC evacuou um seu soldado,
que foi vítima de uma mina anti-pessoal

PELREC evacuou
soldado de Comandos !

O facto mais notório dessa operação foi a amputação de um pé, sofrida por um soldado da 41ª. Companhia de Comandos, que «pisou» uma mina anti-pessoal na «central» do Mungage. 
O HdU diz que é do Negage, mas estivemos nessa evacuação (com o PELREC) e foi na Baixa do Mungage - onde, de resto, conhecemos o furriel Dias, dessa 41ª. CC e que é conterrâneo de Águeda. O militar foi recolhido pelo PELREC, desde o trilho onde «pisou» a mina, e transportado para o Quitexe, onde foi assistido e depois evacuado para o Negage.
«A operação não teve resultados que não fossem o  conhecimento da ZA, um primeiro contacto com  mata, um conhecimento das reacções humanas e acabou até por ser defraudada», refere o HdU, precisando que a 41ª. Compa-
nhia de Comandos «retirou da ZA após umas escassas 18 horas de Operação». Isto, quando o planeamento da dita operação previa, para esta Subunidade de tropa especial, «8 dias de actividade operacional».
Comandante Alm. e Brito

Comandante do BCAV. 8423
no Comando do Sector do Uíge

O dia 20 de Junho de 1974, uma 5ª. feira, foi também tempo para uma reunião de trabalho do comandante Almeida e Brito no Comando do Sector do Uíge (CSU), na cidade de Carmona - a capital da província uíjana.
O objectivo desse encontro de altos responsáveis militares foi «estabelecer contactos operacionais», nestes primeiros tempos da missão dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 na terra do Uíge angolano, o que já tinha acontecido nos dias 12 e 14 e se repetiria a 24 de Junho de há 45 anos.
Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe. 
A amarelo, o 1º. cabo Fernando Pires, o
 Fecho-Eclair, que amanhã festeja 68 anos

Pires , o «Fecho-Eclair», 
1º. cabo, 68 anos em Odivelas !

O 1º. cabo Fernando Manuel Martinho Pires, da CCS do BCAV. 8423, festeja 68 anos a 21 de Junho de 2019.
Escriturário de especialidade militar, foi popularizado como o «Fecho-Eclair», por terras do Quitexe vá lá saber-se porquê... Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, a Odivelas, e muito  presumivelmente, ainda lá morará. Para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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