CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

5 183 - Permanentes patrulhamentos e operações stop. Férias por toda a Angola!





Cavaleiros do Norte no Quitexe, num momento de descontracção musical: os furriéis milicianos  Peixoto,
Neto e Viegas (de óculos). Era a fingir,pois nenhum deles tocava o qualquer instrumento que fosse...
Henrique Esgueira, à esquerda, condutor
  da CCS, com dois Cavaleiros do Norte.
Quem os reconhece?

A 16 de Setembro de 1974, mais dia menos dia de há 46 anos, a 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a de Zalala, recebeu três reforços, oriundos dos Grupos de Mesclagem: Pedro Gila, Justino Nambu e Pena C. Messa. Todos do Regimento de Infantaria 20 (RI20), de Luanda.
Os Cavaleiros do Norte, por esse tempo, continuavam com «permanentes patrulhamentos na ZA, nomeadamente nos pontos críticos em redor dos centros urbanos e aquartelamentos», assim como, refere o Livro da Unidade, «às diversas fazendas».
O livro «História da Unidade», de resto, sublinha que «mereceu também a maior atenção a garantia de liberdade de trânsito em todos os itinerários, com maior incidência para o itinerário entre o Quitexe e Carmona». Para tal e «para além de aumentar o número de patrulhamentos realizados, variando-os  no tempo e no espaço, passaram a ser diariamente executadas operações «stop», com vista a efectivar o controlo de  passageiros e de mercadorias em trânsito, destas nomeadamente armamento e munições».
O furriel Viegas e o (seu) amigo
Albano Resende na ilha de Luanda

Férias por toda

a Angola!

O mês de Setembro de 1974 foi tempo para férias angolanas do blogger, que as passou por Luanda, Gabela, Novo Redondo, Nova Lisboa (actual Huambo), Sá da Bandeira (Lubango) e Moçâmedes, Silva Porto, Lobito e Benguela, por aí fora..., visitando familiares e amigos/conterrâneos.
Foram semanas magníficas, não só pelo conforto do encontro com toda essa gente mais próxima e íntima, como pela descoberta da imensa e enfeitiçante Angola, viajando de avião de automóvel, de autocarro, à boleia e de comboio. 
Quem dera lá poder voltar!!! E não é que voltei?! Exactamente entre 20 de Setembro de 8 de Outubro de 2019, lá voltei a estas enfeitiçantes terras de Angola, em 6 204 quilómetros de viagem que nos levaram aos mesmos chãos e cheiros da saudosa Angola!
A Estrada do Café, que liga Luanda a Carmo-
na, actual cidade do Uíge, na saída do Qui-
 
texe para a capital provincial. Repare-se
 nos modernos candeeiros de iluminação. A
imagem (apanhada na net) é de 2012 

Patrulhas permanentes
 e operações «stop»


Um ano depois, a 16 de Setembro de 1975, uma terça-feira de há precisamente 45 anos, «a calma é (era) total em Luanda», cidade controlada pelo MPLA e onde se confirmava que «o êxodo da população branca há várias dias que vem enfraquecendo».
A véspera fôra tempo de o representante da UTA ser surpreendido, segundo o relato do Diário de Lisboa, por «não encontrar qualquer passageiro para o voo diário fretado pelo Governo Francês, com destino a Lisboa». Um Boeing 707 da Força Aérea Alemã e um Liunchym da Alemanha de Leste «tinham embarcado os desalojados inscritos nos seus voos».
O dia 15 foi também tempo para se iniciarem «os voos directos para o Porto», devido ao congestionamento do aeroporto de Lisboa e evacuando desalojados de Angola. Lá chegou um avião da TAP com 160 passageiros, logo levados para a Fábrica de Conservas Serrano, em Matosinhos, «onde lhe foram prestados os primeiros serviços de assistência»A FNLA estava limitada aos seus bastiões do norte: Ambriz e Carmona. A «nossa» Carmona! A actual cidade do Uíge!

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