CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

5 184 - Contra-subversão no Quitexe! MPLA a preparar ataque a Carmona e Ambriz!

Cavaleiros do Norte da CCC, todos milicianos. Da esquerda para a direita, Rocha, Fonseca,
 Viegas, Belo (de óculos), Ribeiro e Pires (TRMS), etc-Da direita para a esquerda, Monteiro,
Pires (sapador) e Machado (de cigarro na boca) e o o soldado Lajes 

Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423 a de Santa Isabel:
 Fernandes, Victor Guedes (falecido a 16 de Abril de
 1998, de doença e em Lisboa), Querido e Belo


O dia 17 de Setembro de 1974, há 46 anos, foi tempo de o comandante Almeida e Brito reunir a Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS) do Quitexe, para analisar a situação política e militar da Zona de Acção (ZA)( dos Cavaleiros do Norte.

Comandante Almeida e Brito
Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria, era o comandante do BCAV. 8423 e, ao tempo, «o IN e/ou agitadores», de acordo com o livro «História da Unidade», começaram «incrementar
propaganda aliciante dos trabalhadores das fazendas para fugirem a contrato»,
 o que, concluía «HdU», «forçosamente trará reflexos no panorama económico do concelho»
O problema nem era militar, valha a verdade, era «meramente administrativo» e, por outro lado, ainda de acordo com o 'HdU», «não tem (teve) ainda o significado, nem paralelismo, do existente nos concelhos limítrofes». No entanto, «começa a tomar volume que se pode considerar elevado e que terá, forçosamente, reflexos negativos no bom andamento do processo regressivo da presença das tropas e da descolonização».
Bem «avisado» andava o comandante Almeida e Brito.

Holden Roberto no Ambriz, notícia do Diário
de Lisboa de 17 de Setembro de 1975

MPLA a preparar ataque
a Carmona e Ambriz!

Um ano depois, com os Cavaleiros do Norte com missão terminada e já nas suas terras e com as suas famílias, relatava o Diário de Lisboa de 17 de Setembro que «mantém-se calma a situação nas frentes de combate angolanas». Acrescentava o vespertino da capital portuguesa que «desde o fim de semana que não se assinalam confrontos relevantes entre os três movimentos». Só que, admitia o jornal, «esta calma poderá corresponder a uma reorganização militar dos diversos campos, antecedendo novas batalhas».
As agências internacionais admitiam como «provável que o MPLA esteja presentemente a reagrupar as suas forças para uma grande ofensiva na frente norte, contra Ambriz e Carmona os grandes bastiões da FNLA».
Ambriz, onde supostamente estaria o presidente da FNLA, Holden Roberto - a comandar pessoalmente as suas forças. Carmona, a capital do Uíge de onde os Cavaleiros do Norte saíram a 4 de Agosto desse ano de 1975. Há 42!
A FNLA, de acordo com a notícia do Diário de Lisboa de 17 de Setembro de 1975, «encontra(va)-se isolada e com grandes dificuldades de reabastecimento, dado que as principais vias utilizadas para o efeito estão sob o controlo do MPLA». Em Luanda, reportava o Diário de Lisboa, «a calma é total».

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