Alferes Garcia, de G3 na mão (a amarelo) e furriéis Viegas (de lado e meio tapado) e Machado (a
branco), na parada do BC12, junto de um helicóptero, nos dias sangrentos e dramáticos da cidade
de Carmona, há 47 anos anos!
Um helicóptero da Força Aérea Portuguesa (FPA) a poisar na parada do BC12, em Carmona, deixar mantimentos e levar refugiados em 1975 |
O «Diário de Lisboa» de 3 de Junho de 1975 e como aqui já falámos, dava conta terceiro dia dos combates de Carmona, ainda que deficientemente informado, e do «êxito das ultimas diligências conjuntas para o restabelecimento da ordem em Carmona, teatro de incidentes sangrentos nos últimos dias».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 que o digam, pois por lá sentiram na pele, e na alma, as dores dos momentos trágicos de uma guerra fratricida, de irmãos a matar irmãos.
«As duas equipas militares integradas nos movimentos de libertação, enviadas anteontem para Carmona e que não puderam por termo às confrontações entre tropas da FNLA e MPLA, recorreram ao apoio político de uma delegação de altos representantes dos três movimentos e do Exército Português, que parece ter tido êxito na sua missão», refere o DL de 3 de Junho de 1975.
«As duas equipas militares integradas nos movimentos de libertação, enviadas anteontem para Carmona e que não puderam por termo às confrontações entre tropas da FNLA e MPLA, recorreram ao apoio político de uma delegação de altos representantes dos três movimentos e do Exército Português, que parece ter tido êxito na sua missão», refere o DL de 3 de Junho de 1975.
Não temos memória dessas duas equipas militares internadas, como ainda ontem aqui comentámos.
Na véspera, dia 2 de Junho, era expectado um encontro entre uma força do ELNA, proveniente do Zaire, e as forças mistas, formadas por tropas dos três movimentos e do Exército Português, numa coluna que, segundo o DL, «avança para norte, para suster as forças de Holden Roberto, cujas intenções não são claras, apesar das notícias de que viria apenas render a guarnição de um quartel onde, na última semana, se travaram acesos combates».
Na véspera, dia 2 de Junho, era expectado um encontro entre uma força do ELNA, proveniente do Zaire, e as forças mistas, formadas por tropas dos três movimentos e do Exército Português, numa coluna que, segundo o DL, «avança para norte, para suster as forças de Holden Roberto, cujas intenções não são claras, apesar das notícias de que viria apenas render a guarnição de um quartel onde, na última semana, se travaram acesos combates».
Qual quartel?
O jornal não diz e a minha memória não chega lá.
Porém, em data que não é possível precisar, segundo o livro «História da Unidade», um incidente na Ponte do Dange, «serviu de espoleta» para outros, que se estenderam a Carmona (e são estes de que vimos falando) e, logo depois, o Quitexe (onde continuava a 3ª. CCAV. 8423) e Negage, em, e cito, «avalanche de gravíssimos confrontos entre ELNA e FAPLA».
Não indo a força do ELNA para estes aquartelamentos, iriam para qual e onde? Não sei. Ninguém deverá saber.
Os dias de Carmona, entretanto, continuavam a ferro e fogo, com imensos (quantos?) mortos civis e entre combatentes da FNLA e do MPLA. Feridos, mais ou menos graves, eram ás centenas.
Os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, os de Zalala, já no Songo desde 24 de Abril - idos de Vista Alegre e Ponte do Dange -, começaram a rotação para Carmona a 6, concluindo-a a 12 de Junho (ontem se passaram 39 anos). Também não era para o Songo que se dirigi(ri)a a força do ELNA.
Porém, em data que não é possível precisar, segundo o livro «História da Unidade», um incidente na Ponte do Dange, «serviu de espoleta» para outros, que se estenderam a Carmona (e são estes de que vimos falando) e, logo depois, o Quitexe (onde continuava a 3ª. CCAV. 8423) e Negage, em, e cito, «avalanche de gravíssimos confrontos entre ELNA e FAPLA».
Não indo a força do ELNA para estes aquartelamentos, iriam para qual e onde? Não sei. Ninguém deverá saber.
Os dias de Carmona, entretanto, continuavam a ferro e fogo, com imensos (quantos?) mortos civis e entre combatentes da FNLA e do MPLA. Feridos, mais ou menos graves, eram ás centenas.
Os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, os de Zalala, já no Songo desde 24 de Abril - idos de Vista Alegre e Ponte do Dange -, começaram a rotação para Carmona a 6, concluindo-a a 12 de Junho (ontem se passaram 39 anos). Também não era para o Songo que se dirigi(ri)a a força do ELNA.
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