CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

3 447 - Polícia de Informação Militar, os Flechas, Angola e Cabinda!

Cavaleiros do Norte no bar de Sargentos do Quitexe: furriéis milicianos António
 Lopes (de óculos e boina, a fumar), Viegas, Ribeiro (com garrafa no ar). Bento (de
bigode), 1º. sargento Luzia (de costas), furriel Flora, Guedes (civil) e 1º. sargento
Aires. Quarteto sentado: furriéis Rocha (de bigode), Carvalho (de bigode e
boina), Grenha Lopes e Luís Capitão. À frente, o Reino

A vila do Quitexe, fotografada por José
Manuel Gonçalves, da torre da Igreja da Mãe de Deus
A 4 de Julho de 1974, há 42 anos, «completou-se o quadro orgânico da Polícia de Informação Militar (PIM), com  a apresentação do Chefe de Posto daquela polícia, no Quitexe» ao comandante Almeida e Brito. Dela (da PIM) não guardo memória, a não ser a participação dos Flechas (seu braço armado) numa operação conjunta, logo dos nossos primeiros tempos de Angola.
Crahá dos Flechas
O Chefe de Posto, não sei quem seria e poucos saberiam, muito poucos conheceriam a sua identidade, devido ao carácter secreto da organização - que era uma espécie de sucedâneo da PIDE/DGS, mas por lá com «trabalho» na área militar. 
Terá sido por estes dias que se completou a «Operação Castiço DIG», durante a qual se registou «novo contacto como o IN na «central» do Negage, novamente sem consequências», como retrata o Livro da Unidade, mas, acrescenta, «desenvolveu-se elevado úmero de acções e operações em toda a ZA, mas nomeadamente sobre Mungage, Aldeia e Tabi». Mungage, recordemos, onde o PELREC recolheu um soldado «Comando» da 41ª. Companhia de Comandos, vítima de uma mina anti-pessoal e que, lamentavelmente, «sofreu a amputação de um pé»
Um ano depois, era anunciado que os presidentes de Moçambique (Samora Machel, empossado na semana anterior, Tanzânia (Julius Nyerere), Botswana (Serets Khama) e Zâmbia (Kenneth Kaunda) se iam reunir em Dar Es-Salam, para, entre outros pontos, discutir «a transição de Angola para a independência».
Notícia do Diário de Lisboa de 5 de Julho
de 1975, sobre a ligação de Cabinda a Angola
Agostinho Neto, presidente do MPLA e em Brazaville, no mesmo dia, garantia, por seu lado, que «para nós, não há Angola e Cabinda, há simplesmente Angola, pois Cabinda faz parte do território angolano». Era em Cabinda que, segundo notícia do Diário de Lisboa do mesmo dia 4 de Julho de 1975, citando um despacho da Reuters, que «a primeira Companhia Integrada do Exército Angolano, constituída por soldados dos três movimentos de libertação, presta juramento amanhã, sábado, numa cerimónia que se realiza no Enclave de Cabinda».
Em Carmona, como se sabe, existia a 1ª. Companhia das Forças Militares Mistas. desde o mês de Junho dessa ano de 1975, mas apenas «integrada por elementos da FNLA e da UNITA», com Estado Maior Unificado - quer no Comando Territorial de Carmona, (CTC), quer do BCAV., como relata o Livro da Unidade.

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