CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

3 451 - Comandos dos Cavaleiros do Norte e o Enclave de Cabinda!

Cavaleiros do Norte de Zalala: o furriel miliciano José António Nascimento, 
o alferes miliciano Mário Jorge de Sousa (que hoje festeja 65 anos) e 
o soldado João Inácio Gonçalves, da «mais dura escola de guerra»


Cavaleiros do Norte de Zalala. Atrás, o clarim
Mário Costa e o transmissões Rogério Raposo. De pé,
o furriel João Aldeagas, o casal Sousa (alferes Mário
Jorge de Sousa Correia de Sousa e esposa), Jorge Silva
(rádio-telegrafista), Jaime Rego  (condutor) e Hélio
Cunha (rádio-telegrafista). Em baixo, o furriéis Jorge
Barreto (com a criança ao colo) e José Louro e
António Lopes, o Famalicão (condutor)

Hoje é 8 de Julho de 2016 e há 42 anos, no Quitexe, terra de missão da CCS dos Cavaleiros do Norte, decorreu a reunião mensal (a segunda) dos comandantes das Companhias do BCAV. 8423. Novamente no Quitexe por «ainda não existirem estruturas nas restantes subunidades, que permitissem a realização da reunião nas suas sedes».
O mapa de Cabinda, a relação
territorial com Angola
O dia de há 42 anos, uma segunda-feira, foi tempo para se saber que o dr. Pinheiro da Silva, secretário provincial adjunto de Cabinda, inaugurou nesta cidade do enclave, a sede da União Democrática dos Povos de Cabinda, que preconizava «a união de Cabinda com Angola».
O movimento anti-separatista defendia «estatutos próprios para o Enclave (..), a multirracialidade autêntica e uma maior dignificação dos povos»
A inauguração teve presença de «dirigentes de todo o distrito e diversas individualidades» e defendeu-se, segundo o Diário de Lisboa, que citamos, «a necessidade de sessões de esclarecimento para que a ideia separatista relativamente a Angola não surja como única solução viável e útil para Cabinda»
O encontro foi tempo de acusar de «oportunistas» os dirigentes da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e de afirmar que «a melhor solução (...) é a transformação de cabinda num distrito autónomo, com estatuto próprio, sem ficar desligado de Angola».
Sabe-se hoje, 42 anos depois e muitas etapas do processo político e social passadas, que Cabinda é território de Angola.
O mesmo dia, mas um ano depois, foi o da conclusão da rotação da 3ª. CCAV. 8423, do Quitexe para Carmona. «Fez-se em 8 de Julho a rotação da 3ª. CCAV. para o aquartelamento de Carmona, com a saída prévia, em 1 de Julho, de um seu grupo de combate, abandonando-se assim mas uma povoação», refere o Livro da Unidade. Acrescenta que se completava-se, assim «totalmente a retracção do dispositivo do Uíge», embora, e continuamos a citar o Livro da Unidade, fosse «situação de que não se esperava, contudo, solução para os problemas existentes, como efectivamente se veio a verificar, dando ocasião às restantes passagens e momentos vividos e com os quais se abriu a história desse período da nossa vivência na Região Militar de Angola».
Equivale isso a dizer, e de novo citamos o Livro da Unidade, que «foi pois um paz fictícia a que se desenvolveu no decurso do mês». Como, aliás, aqui temos vindo a anotar.

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