CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 31 de julho de 2016

3 474 - Viaturas e reforços em Carmona para o último adeus ao Uíje!

A popular e frequentada Rua do Comércio, na cidade de Carmona, 
capital do Uíge, em foto de 2014 (da net)
A Rua do Comércio em 1975, em imagem captada
do lado contrário. O cruzamento é o mesmo e o
edifício do Banco BIC é o do Hotel (na foto de baixo)

O movimento de rotação dos Cavaleiros do Norte, de Carmona para Luanda, «começou a materializar-se a 31 de Julho de 1975, com a chegada de viaturas e de tropas de reforço» - uma Companhia de Comandos. Hoje se fazem 41 anos!
Era quinta-feira, com e«a situação estacionária» em Luanda e no Caxito. 
Todavia, «não havendo notícias
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de
Aldeia Viçosa: António Rebelo, Amorim
Martins, Abel Mourato e Mário Matos
 de incidentes nem movimento assinaláveis de tropas, quer da FNLA quer do MPLA», sabia-se, porém, que «os conflitos armados, até agora restritos a Luanda, Quanza Norte e Malange, se alargaram a outras zonas do território». por exemplo e depois das «violentas confrontações entre MPLA e FNLA em Porto Amboim», com «emprego de armas pesadas que pôs a população em pânico», a maioria foi evacuada para o navio «Sofala», com destino ao Lobito.
Furriéis milicianos da CCS, ainda no Quitexe,
com a messe e bar de sargentos ao fundo; António
Lopes (enfermeiro) e Norberto Morais (mecânico)
Os combates de Novo Redondo tinham cessado, mas «recomeçado na terça-feira à tarde, com particular violência, tendo também sido usadas armas pesadas». A população preparava-se para abandonar a cidade.
Em Malange os 6000 (ou 8000?) civis refugiados nas instalações militares portuguesas preparavam-se para ser evacuados «em comboios de 50 viaturas, escoltadas por soldados portugueses em 10 quilómetros» para o sul de Angola.
Carmona, a esse mesmo tempo, prepara-se para o adeus ao Batalhão de Cavalaria 8423 CAV. 8423 (a última guarnição militar da cidade e do Uíge) e muitos civis, até aí muito deles hostis às NT, críticos obstinados e injustos, procuravam a todo o custo ajuda para transporte de seus bens. Gente houve que para isso ofereceu, a muitos Cavaleiros do Norte, milhares de angolares (os escudos de Angola, assim, eram conhecidos), cartas de condução e diplomas escolares, até viaturas, diamantes, o que de melhor tinham do seu património para tentarem salvar o que era seu e, seguramente, lhes tinha custado muito trabalho, esforço e suor.
Grupos organizados de civis movimentaram influência e procuraram autorização para serem incorporados na coluna que ia sair na madrugada de 4 de Agosto de 1975.
Um ano antes, o comandante Almeida e Brito deslocou-se a Carmona, onde, a 31 de Julho de 1974 por razões de natureza operacional, participou na reunião de comandos do Comando do Sector do Uíge (CSU).

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