CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

3 449 - Reuniões em Aldeia e Luege e apresentação do tenente João Mora!

Oficiais dos Cavaleiros do Norte na avenida do Quitexe e em frente ao 
edifício do Comando, com a bandeira hasteada: alferes milicianos 
Jaime Ribeiro e António Garcia e tenentes SGE Acácio  Luz e João Elóy Mora

Amazonas do Norte do Quitexe: Margarida Cruz
(esposa do alferes Cruz), Graciete Hermida, com o
 filho de Cruz ao colo (esposa do alferes Hermida),
a esposa e filha do capitão António Oliveira e
a esposa do tenente João Elóy Mora

O comandante Almeida e Brito esteve há 42 anos, no dia 6 de Julho de 1974, nos povos de Aldeia e Luege, no âmbito da campanha de «mentalização das populações» para o novo quadro militar, político e social. E também, também segundo o Livro da Unidade, com «os camionistas que servem o poderio económico da área, os quais pretendem obter uma maior liberdade de movimentos na camada «estrada do café», entre Carmona e a capital Luanda.
Cavaleiros do Norte da secretaria da CCS: furriéis
milicianos José Monteiro e Brogueira Dias (que
hoje faz 64 anos) e 1ºs. cabos Miguel Teixeira,
Vasco Vieira e, em baixo, João Pires
O tempo continuava de adaptação dos Cavaleiros do Norte às suas responsabilidades operacionais, o que foi sendo feito de forma tranquila e ordenada, com «o melhor aproveitamento das forças», nomeadamente fazendo-se a «a cobertura de todos os destacamentos da ZA com rotação pelas subunidades» - conforme fora proposto em Junho e merecera, de resto, «aprovação generalizada».
«Estando o BCAV. numa ZA onde se encontram sediados vários «quartéis» IN, como seria óbvio, a actividade estaria sempre orientada sobre esses refúgios, dando-se paralelamente apoio a todos os fazendeiros e à cobertura económica das actividades do Subsector», recorda o Livro da Unidade. Isto, numa altura em que decorria a apanha do café - a grande riqueza da região uíjana. Uma das grandes riquezas do fértil solo angolano.
Hoje, recordamos a apresentação do (futuro) tenente SGE João Eloy Borges da Cunha Mora, ainda como alferes e oriundo dos SCE «por ter sido nomeado para servir no ultramar, fazendo parte do BCAV. 8423/RC 4, como adjunto da CCS».  
A apresentação ocorreu às 22,30 horas do dia 27 de Fevereiro de 1974, segundo a Ordem de Serviço nº. 49, do RC4 e de 28 desse mesmo mês e ano, como se pode ver no fac-simile acima.
O tenente João Mora viria a «imortalizar-se», na guarnição, como tenente Palinhas na CCS, por, repetidamente, exigir a continência aos subordinados, fosse uma, fossem duas ou meia dúzia de vezes por dia - de manhã, à tarde ou à noite. E se se esquecessem eles (os subordinados), batia ele a pala antes - obrigando-os» à retribuição do cumprimento.. Era natural do Pombal e casou-se com uma senhora de origem indiana, que o acompanhava. Faleceu a 21 de Abril de 1993, aos 67 anos, de doença e em Lisboa. Recordamo-lo com saudade!

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