Congresso (3º.) da Oposição Democrática,
realizado em Aveiro, de 4 a 8 de Abril de 1973

Gostei de ver e voltei ao outro dia, que era domingo e logo no comboio da manhã, porque ia haver a romagem ao cemitério, que o Governador Civil tinha proibido. Tratava-se de uma evocação de Mário Sacramento e, face à previsível confrontação com a polícia, nada mais apetecível, para a irreverência da nossa idade, que olhar coisas destas, bem de perto. Por volta das 10 e meia da manhã, os congressistas saíram do Cinema Avenida (foto de cima) e marcharam pela avenida Lourenço Peixinho. Mas foram interrompidos pela polícia, antes de chegarem à ponte-praça.
«Em apenas 4 minutos, a força policial em duas levas de 40 unidades, cada, atingiram o cortejo», releio da imprensa da época.
Os congressistas puseram-se a andar e eu, petrificado, nunca mais vi o Mário. Só depois do meu regresso de Angola. Fui eu dias depois para Santarém e seguiu ele outras vidas. Mas sempre amigos e confidentes.
- MÁRIO. Mário Bastos Rodrigues, estudante universitário de Direito. Foi membro da comissão executiva do 3º. Congresso da Oposição Democrática e candidato nas eleições de 28 de Outubro de 1973 - para a então Assembeia Nacional. Jornalista do Expresso, faleceu nos anos 90, vítima de doença.
Caro Viegas
ResponderEliminar1º Parabens pelo aniversario do teu blog.Que fez recordar coisas esquecidas.
2º Assisti no exterior passivamente a todos os movimentos do congresso e respectiva Policia de Choque, como se chamava na altura, de Aveiro.
Não fui á romagem a Mario Sacramento, nem estava integrado nem organizado, mas assisti, como muito interessado nos acontecimentos.
Estava na tropa em Aveiro. Sou da zona e já era politicamente consciente daquilo que qeria.
Outros Tempos, outras vontades.
ferreira