O Mota Viana foi garboso Cavaleiro do Norte, um dia «apanhado» pelo rigor disciplinar de Almeida e Brito que, sabendo-o filho de oficial do exército (o capitão Viana), não lhe tolerou uma falta de boina na cabeça e o atirou para outras bandas. «Conhecia o meu pai e disse-me que, como furriel miliciano, tinha de dar o exemplo aos praças...», disse o ex-zalala.
Foi em Outubro de 1974 e o Mota Viana, que jornadeava por Zalala mas ao tempo comissionava no Quitexe, foi despachado para Sanza Pombo, depois para Luanda e finalmente para o sulista Luvoé. Mas ficou-lhe, na alma, a marca zalaliana de Cavaleiro do Norte.
Mota Viana não esquece Zalala e, mais de 39 anos depois, no ambiente íntimo de um encontro portuense, ontem, desprendeu as emoções para dizer do seu «orgulho de ter sido» Cavaleiro do Norte.
Primeiro, porque o capitão Castro Dias «quis que eu ficasse», mesmo depois do castigo, arriscando ele mesmo ser penalizado. Esta partilha solidária do seu comandante directo, sensibilizou-o e marcou-o, só que ele mesmo entendeu que «não devia ficar».
«Não ia permitir que se arriscasse por mim», disse-nos ontem, recordando esses tempos de Outubro de 1974.
Depois, porque ele mesmo, Mota Viana, sempre se sentiu amarrado às gentes de Zalala, militares e civis, que o convidavam para «todas as festas». Finalmente, porque, na hora da sua despedida, «até os soldados negros choraram».
«Isto tudo, marcou-me, nunca posso esquecer...», disse o Mota Viana, emocionado, com a voz a fugir-lhe para o embargo, desfiando as suas memórias e saudades de Zalala e do Quitexe. «De si, capitão Castro Dias, eu nunca me posso esquecer, foi meu amigo e solidário comigo!...», sublinhou Mota Viana, na tarde portuense que juntou uma «novena» de Cavaleiros do Norte.
«Foram pessoas e momentos que me marcaram», concluiu o garboso militar
- MOTA VIANA. Fernando Manuel Mota Viana, furriel miliciano atirador de cavalaria, da 1ª. CCAV. 8423. Estava no Quitexe quando foi «apanhado» sem boina na cabeça, pelo comandante Almeida e Brito, que lhe aplicou 15 dias de prisão disciplinar agravada (Ordem de Serviço nº 97), depois agravada para 20 dias, pelo Comando de Sector do Uíge (OE 112); e 30 dias, pelo comando da Zona Militar Norte (OE 154). É de Braga, onde reside e trabalha nas artes gráficas.
Foi em Outubro de 1974 e o Mota Viana, que jornadeava por Zalala mas ao tempo comissionava no Quitexe, foi despachado para Sanza Pombo, depois para Luanda e finalmente para o sulista Luvoé. Mas ficou-lhe, na alma, a marca zalaliana de Cavaleiro do Norte.
Mota Viana não esquece Zalala e, mais de 39 anos depois, no ambiente íntimo de um encontro portuense, ontem, desprendeu as emoções para dizer do seu «orgulho de ter sido» Cavaleiro do Norte.
Primeiro, porque o capitão Castro Dias «quis que eu ficasse», mesmo depois do castigo, arriscando ele mesmo ser penalizado. Esta partilha solidária do seu comandante directo, sensibilizou-o e marcou-o, só que ele mesmo entendeu que «não devia ficar».
«Não ia permitir que se arriscasse por mim», disse-nos ontem, recordando esses tempos de Outubro de 1974.
Depois, porque ele mesmo, Mota Viana, sempre se sentiu amarrado às gentes de Zalala, militares e civis, que o convidavam para «todas as festas». Finalmente, porque, na hora da sua despedida, «até os soldados negros choraram».
«Isto tudo, marcou-me, nunca posso esquecer...», disse o Mota Viana, emocionado, com a voz a fugir-lhe para o embargo, desfiando as suas memórias e saudades de Zalala e do Quitexe. «De si, capitão Castro Dias, eu nunca me posso esquecer, foi meu amigo e solidário comigo!...», sublinhou Mota Viana, na tarde portuense que juntou uma «novena» de Cavaleiros do Norte.
«Foram pessoas e momentos que me marcaram», concluiu o garboso militar
- MOTA VIANA. Fernando Manuel Mota Viana, furriel miliciano atirador de cavalaria, da 1ª. CCAV. 8423. Estava no Quitexe quando foi «apanhado» sem boina na cabeça, pelo comandante Almeida e Brito, que lhe aplicou 15 dias de prisão disciplinar agravada (Ordem de Serviço nº 97), depois agravada para 20 dias, pelo Comando de Sector do Uíge (OE 112); e 30 dias, pelo comando da Zona Militar Norte (OE 154). É de Braga, onde reside e trabalha nas artes gráficas.
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