CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

1 691 - Recordações e emoções em terras de Santo Tirso

Os Cavaleiros do Norte «abancaram» num terraço natural da Escola Agrícola de Santo Tirso, com vista  sobre o rio Ave (em cima). O Machado entregou ao  Almeida a primeira recordação da tarde (em baixo)


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O Afonso Henriques apareceu com a esposa (foto), o filho, a nora e o neto. 
Margarida Cruz (em baixo) entregou recordação a Albino Capela, o «nosso civil» do Quitexe

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Porfírio Malheiro entregou recordação a Castro Dias, 
o (capitão) comandante de Zalala (em cima), com (o alferes) Cruz


Os Cavaleiros abancaram no pátio interior da Escola de Agricultura, «vizinha» do tirsense Mosteiro de S. Bento, a preparar os estômagos para o almoço e logo passaram ao «restaurante» de ar livre e puro, com vistas directas sobre o rio Ave - que passava lá ao fundo (foto), banhado de águas limpas, com campos cultivados pela escola e paisagem deslumbrante a engravidar os olhos e a alma.
O almoço, bem opíparo e de serviço repetido, consolou definitivamente os estômagos e libertou as almas cavaleiras que se juntaram em Santo Tirso. 
António Albano Cruz, o oficial de dia, libertou o verbo, para, em nome dele, do Machado e do Malheiro, dar conta da «satisfação com que vos recebemos neste bonito local» - que vai ser proposto a património da humanidade. O Mosteiro de S. Bento, a Escola de Agricultura!
Receber, sublinhou, para «reviver aqueles inesquecíveis tempos que passámos em Angola». 
António Albano Cruz vincou «a solidariedade e amizade que se gerou entre nós, numa situação adversa, a que o nosso patriotismo não disse não» e que, sublinhou, nascida da «nossa juventude e dos nossos sonhos, deu nesta solidariedade e amizade que, estou certo, se prolongará por muitos anos».
Empolgado, diria até que com um nozinho a apertar-lhe a garganta, o «nosso oficial de dia» foi categórico, na continência ao futuro: «Os dois últimos de nós, quando se reunirem mais uma vez, recordar-nos-ão com a mesma paixão com que hoje convivemos e recordamos aqueles que já nos deixaram».
Houve recordações:
Ao José Alberto Almeida, o cavaleiro que «mais andou para cá chegar», desde o Algarve. «Há que felicitá-lo...», disse António Albano Cruz.
Aos mais representados: o Miguel Ferreira, de Gondomar, que apareceu pela primeira vez, com dois filhos - um deles já engenheiro. E o Afonso Henriques, de Mortágua, com esposa, filho, nora e neto.
Ao (agora) capitão Acácio Luz, «o cavaleiro veterano com mais batalhas vencidas e que tão boas recordações nos deixou de Angola», sempre acompanhado nestes encontros (pela sua «mais que tudo» de sempre) e sempre «com um entusiasmo que invejamos».
Albino Capela, missionário católico no Quitexe e «o civil que nunca deixou de estar connosco e sempre nos acompanhou nestes encontros». Agora promovido, em ordem oficial, a Cavaleiro do Norte, «como sempre foi».
A Castro Dias, comandante da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, nele «recordando todas as três companhias operacionais». 
Palmas, fartos sorrisos e gargalhadas soltas, emoções vivas e muitos afectos, de tudo se viu e sentiu no arraial festivo de Santo Tirso. Durante e depois dos momentos de fala de António Albano Cruz. Amanhã, falaremos de outros mais.

1 comentário:

  1. Quando citas abancar, logo me vem à memória o meu saudoso Camarada, o Furriel Barata, expressões constantes dele quando atingia-mos os limites em termos militares e depois ; Está a parti-la" toda a gente sabia que era partir "pedra", ou seja descansar ou passar pelo sono. toca a abancar.Até um dia Camarada.

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