Aquartelamento de Zalala, nos finais da presença portuguesa (1974). José Alberto Almeida (alferes), Davide Castro Dias (capitão) e Acácio Luz (tenente, agora capitão), a 1 de Junho de 2013, em Santo Tirso
A senhora dona Maria Dulce, do alto e sabedoria dos seus 92 anos e meio, pregou um susto à família e achei-me hoje, ao princípio da tarde, no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, querendo dar-lhe o conforto e o afecto que bem merece. Irregateável! Foi quem, já lá vão mais de 60 anos, me trouxe ao mundo.
Foi lá onde fui «apanhado» pelo (capitão) dr. Castro Dias que, solicitado por mim (durante a manhã), veio dar pormenores sobre a história da camisa que levou ao Quitexe, em dia de S. João de 1974, a 24 de Junho desse ano - que foi uma segunda-feira e não um domingo. Para começar, a camisola não era vermelha. Era de seda e castanha, às bolinhas!!! Castanha, às bolinhas!!! Imaginemos!!! Bem mais espalhafatosa que o que a minha memória recordava. E, nem de propósito, Castro Dias apresentou-se no Quitexe de calças bege!!! Podemos imaginar a cara de Almeida e Brito. Uiiiii!!!!...
Outros pormenores da história:
- A fazenda de Zalala chamava-se Maria João e era propriedade de Ricardo Magalhães Gaspar - empresário popularizado pelo acrónimo RIMAGA, gente grande do Uíge, com interesses localizados em vários sectores económicos e com busto a entrada de Carmona, na rotunda que chegava do Quitexe.
- O gerente, ou gestor de negócios (dir-se-ia agora), da fazenda (ou roça) Maria João era um genro, de nome Magalhães. Foi com ele, «rapaz da mesma idade», que Castro Dias acertou o relacionamento institucional - de tropa para civis. Disso fora incumbido por Almeida e Brito, com a promessa que viria embora quando tal conseguisse. Conseguiu, é verdade - e disso foi dar novidade na avioneta de Magalhães - em camisa de seda, castanha e às bolinhas... - mas a verdade é que por lá continuou, até à retirada final da guarnição portuguesa, a 25 de Novembro de 1974.
- No Quitexe, foi é questionado pelo comandante: «Então, à civil?!!!...».
A que respondeu Castro Dias: «Hoje é dia de S. João, não há guerra!!!...».
Podem imaginar as gargalhadas que se soltaram pelo Quitexe sanjoanino de 1974!!!
- PS. Estas notas complementam e
corrigem os dados de ontem, por
mim citados de cor. - CV
Lembro-me que nesse dia houve grelhado, não sei se foi porco, vaca, vitela ou pacaça,sei que foi feito entre a messe e quartos do oficiais e furrieis , nesse dia o refeitório foi feito ali com toda a gente, a cortar a carne do bicho e a lembrar o S. João.
ResponderEliminarAmérico Rodrigues
Sargentão ainda arroto ao bicho!!
ResponderEliminarAbraço
ManPinto
Pois soube-te "sardinha". querias carapau ####daquele #####
ResponderEliminarAmérico Rodrigues
Aquele carapau cor de rosa Sargentão....
ResponderEliminarAinda me dói a barriga men,
a caganeira que me fez ainda sinto o cheiro
fresco da merda!!
Abraço e uma boa noite para ti camarada!!
ManPinto
Américo Rodrigues Abraço Camarada.
há 8 horas · Gosto · 1
Abraço, Camarada.
ResponderEliminarAmérico Rodrigues
FOI UMA PACAÇA CASSADA DOIS DIAS ANTES,( A UNICA CASSADA EM TODA A COMISSÃO) Á SAIDA DA FAZENDA PELA NOSSA COLUNA, QUANDO ÍA PARA CARMONA.
EliminarEste Viegas descobre coisas do caraças...
ResponderEliminarO capitão Castro Dias aqui mais parecia o Raul Solnado, eh, eh eh, eh...
JP
O mês de junho de faz-me lembrar o ataque do MPLA ao Quitexe,
ResponderEliminarcom o intuito de de instalar nessa terra, antes feudo da FNLA.
Sobretudo o crepúsculo do dia 4 desse mês fo mesmo a sério.
Albino Capela