O alferes miliciano João Machado e o soldado clarim Alexandre Oliveira, também impedido da messe de ofi- ciais, num momento desportivo em Aldeia Viçosa |
O Dia de Reis de 1975 - hoje se fazem precisamente 41 anos!!!... -, pelas bandas do Uíge angolano, foi passado nas paz dos anjos. Foi uma segunda-feira e não havia correio de Portugal, mas se notícia boa levaram os Reis Magos aos Cavaleiros do Norte que por lá jornadeavam desde 6 de Junho de 1974, foi a da plataforma comum concertada pelos três movimentos de libertação de Angola, em Mombaça, no Quénia, e «após três dias de negociações», antecipando a Cimeira do Alvor, com o Governo de Portugal.
Presidentes plantaram
a árvore da sorte
O Livro da Unidade dá conta da cimeira e sublinha que «parecia, pela primeira vez, ter-se conseguido uma comunhão de interesses de todos os movimentos».
O Quitexe visto da Igreja da Mãe de Deus. Os pavilhões da esquerda, já na parada do BCAV. 8423, eram as casernas do PELREC (o primeiro) e dos sapadores |
O Governo de Portugal, nessa altura, «congratulou-se com os resultados positivos obtidos nas conversações havidas em Mombaça, entre as delegações dos três movimentos emancipalistas de Angola», segundo o comunicado da Presidência da República.
O acordo, segundo o Diário de Lisboa de 6 de Janeiro de 1975, «representa(va) um passo decisivo para o processo de descolonização de Angola» e destacava, nomeadamente, «a declaração conjunta quanto à integridade territorial de Angola, em que os três movimentos consideram inequivocamente o Enclave de Cabinda com parte integrante do território». E, não menos relevante, MPLA, FNLA e UNITA «declararam-se desde logo na disposição de travarem as necessárias negociações com Portugal, aceitando a data e o local propostos por Lisboa». Isto é: 10 de Janeiro de 1975 e Alvor, no Algarve.
O Diário de Lisboa de 6 de Janeiro de 1975 noticiou a plataforma comum dos três movimentos angolanos para a Cimeira do Alvor com Portugal |
Exército de 30 000
homens e 17 ministros
A questão militar era substantiva em todo este processo e os três movimentos «decidiram propor a Portugal um Governo de Transição com 17 ministros, sendo 5 de cada movimento e dois de Portugal». O Governo de Portugal, recordemos, sugeria 12, sendo 3 por cada uma das partes.
Outro problema era o das então futuras Forças Armadas. Os angolanos propuseram, de Mombaça, «uma força de 30 000 homens, para a qual cada parte contribuiria com um terço, sob um comando militar conjunto».
Portugal, durante o período de transição, «Portugal teria o direito de manter no território uma força igual que, contudo, seria desmantelada 4 meses antes da independência total».
Floro Gomes Teixeira, 1º. cabo enfermeiro de Santa Isabel, 65 anos na Quinta do Conde, em Sesimbra |
Floro Teixeira, 23
anos no Quitexe !
O 1º. cabo Teixeira, dos Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel, festejou 23 anos no Quitexe, onde a 1ª. CCAV. 8423 estava aquartelada desde 10 de Dezembro de 1974.
Floro Gomes Teixeira era natural de Coimbra mas, ao tempo, residia na Quinta das Laranjeiras, no Laranjeiro (Almada) e, na jornada angolana do Uíge, foi enfermeiro. Agora já aposentado, fez vida profissional do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Hoje mesmo, pelas bandas da Quinta do Conde, em Sesimbra, onde reside, está a comemorar a bonita idade de 65 anos. Isto é: sexyyyygenário e meio! Para lá vai o nosso abraço de parabéns!
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