Idalmiro Vargas em Vista Alegre. Atrás, o Joaquim Silva (Ciclista) e Manuel Almei- da (Mira Daire). Três condutores de Zalala |
«A reunião de trabalho» deste dia, recorda o Livro da Unidade, realizou-se às 9 horas e «teve presentes os quadros do BCAV., tendo sido precedida de uma palestra a todo o pessoal, na qual foram expressos os princípios e hábitos de vida que teriam de nortear a vida do BCAV. durante o tempo em que, como unidade consti-
tuída, vivesse no RC4 e na RMA» - RMA, ou seja, a Região Militar de Angola.
Crachá do BCAV. 8423 foi desenhado pelo alferes miliciano Mário Simões |
Alferes M. Simões, na actua- lidade. Foi autor do crachá, «a partir de uma ideia do comandante» |
dade de «idealizar o futuro emblema braçal da Unidade, ao mesmo tempo que se desejou a sua plena identificação com a sua unidade mobilizadora».
Vale a pena recordar que coube ao alferes Mário José Barros Simões, da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, o «desenho» do crachá e emblema do Batalhão. «A partir de um ideia do comandante Almeida e Brito», explicou o então oficial miliciano.
Notícia do Diário de Lisboa de 8 de Janeiro de 1975 sobre a Cimeira do Alvor |
Cimeira no Hotel
Penina do Alvor
Um ano depois, precisamente, os Cavaleiros do Norte jornadeavam pelo Uíge angolano e foi anunciado o Alvor, no Algarve, como o local da Cimeira de Portugal com os 3 movimentos de libertação - MPLA, FNLA e UNITA. «Os hóspe-
des do Hotel Penina já começaram a ser trans-
feridos para o Hotel do Algarve, na Praia da Rocha», noticiava o Diário de Lisboa na sua edição de faz hoje 43 anos.
As delegações seriam formadas, cada qual, por 7 elementos «assistidos por juristas e técnicos», A de Portugal seria presidida pelo ministro Melo Antunes (sem pasta) e incluiria, já era certo, dois então representantes do Estado Português em Angola: o Alto-Comissário Rosa Coutinho (almirante) e o tenente-coronel Gonçalves Ribeira (Secretário de Estado da Administração Interna).
Os presidentes Agostinho Neto (do MPLA), Jonas Savimbi (da UNITA) e Holden Roberto (da FNLA) eram esperados no dia seguinte - 9 de Janeiro de 1975 - no aeroporto de Faro. Holden Roberto viajava de Libreville (via Túnis) e, referia o Diário de Lisboa, «ao que se julga no aviação pessoal do presidente Mobutu Sese Seko» do Zaire. Jonas Savimbi também estava em Libreville e admitia-se que viajasse no mesmo avião.
O Diário de Lisboa, que citamos, não fala de Agostinho Neto, mas provavelmente viria o avião que, na tarde de 8 de Janeiro de 1975, voou de Luanda para Lisboa, com dirigentes do MPLA e da UNITA e que faria escala em Lusaka, para levar outros dirigentes angolanos. Refere o Diário de Lisboa que três dirigentes do MPLA já estavam em Lisboa: Lúcio Lara, Lopo do Nascimento e Paulo Jorge.
Manuel Idalmiro Vargas, condutor de Zalala, há 41 anos |
Vargas de Zalala
festejou 23 anos!
O dia 8 de Janeiro de 1975 foi tempo, pela terra uíjana de Vista Alegre, de o açoriano Vargas festejar 23 anos. «Um português dos Açores», como ele mesmo se identifica, orgulhoso do chão que lhe deu berço e vida.
Manuel Idalmiro Vargas foi soldado condutor da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. Concluída a comissão angolana e certamente roído de saudades da terra, da família e dos amigos, regressou à sua bela ilha do Pico e por lá tem feito e ganho a vida, como empresário ligado ao sector dos combustíveis.
Participante regular dos encontros anuais dos «zalala´s», é lá (na açoriana ilha do Pico) que hoje festeja os seus felizes 65 anos e para onde mandamos o nosso abraço de pa-ra-bééééns!!!
- «Vargas, o açoriano e
condutor». Ver AQUI
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