CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

3 653 - Comício e atritos entre a FNLA e MPLA em Aldeia Viçosa

Comício em Aldeia Viçosa, a 26 de Janeiro de 1975, na abertura da DELE-
 gação da FNLA. Foi o primeiro na zona de acção dos Cavaleiros do Norte
e a FNLA desentendeu-se com o MPLA, obrigando à intervenção das NT



Apoiantes e militares da FNLA foram à abertura da
 Delegação de Aldeia Viçosa, a 26 de Janeiro de 1975.
Há 42 anos! Fotos do furriel António Letras
Aos 26 dias do mês de Janeiro de 1975, Aldeia Viçosa - onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Manuel Cruz... -, foi cenário do primeiro comício da FNLA, assinalando a abertura da sua Delegação local. 
O MPLA também quis fazer um comício, conjunto, mas não se entenderam e a situação obrigou à intervenção da 2ª. CCAV. dos Cavaleiros do Norte, que ali  jornadeava na sua missão angolana.
Capitães José Manuel Cruz e José Paulo Fernandes,
 comandantes da 2ª. CCAV. e 3ª. CCAV. , aqui com o
 alferes João Machado (2ª. CCAV.). Todos milicianos

Actividade política 
dos movimentos

Os movimentos de libertação, por esse tempo «continuavam as suas actividades políticas» na zona de acção do BCAV. 8423 (como noutras, por todo o território angolano) mas enquanto «a área do Quitexe é quase na íntegra da FNLA», acontecia que em Aldeia Viçosa (onde estava a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz) e Vista Alegre (sede da 1ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano Davide Castro Dias e que estivera em Zalala) «se verifica uma mesclagem deste movimento com o MPLA», o que, sublinha o Livro da Unidade, «tem dado aso a situações de atrito entre eles». 
«A mais grave terá sido a 26 de Janeiro, aquando a abertura da Delegação da FNLA em Aldeia Viçosa, aonde os movimentos pretenderam fazer um comício conjunto, mas no qual não conseguiram o entendimento, o que deu origem à intervenção das NT, em situação apaziguadora, o que conseguiu», lê-se no Livro da Unidade.

Daniel Chipenda, Holden Roberto (presidente)
e Hendrick Vaal Neto, dirigentes da FNLA

Emissora Oficial
assaltada pela FNLA

O dia 26 de Janeiro de 1975 foi um domingo e, em Luanda e ao princípio da noite, a FNLA invadiu as instalações da Emissora Oficial de Angola (EOA) «paralisando-a, após a destruição de algum material e agressão ao locutor de serviço».
A força militar do movimento de Holden Roberto era comandada por Hendrick Vaal Neto e agiu, segundo o Diário de Lisboa, como «represália pela suspensão da leitura, na rádio, de um comunicado da FNLA, onde se faziam graves acusações ao Governo Provisório e à Junta Governativa».
A decisão de «proibir a leitura» fora da responsabilidade do comandante Correia Jesuíno, Secretário de Estado da Comunicação Social, e «secundada pelos trabalhadores da Emissora».
Durante a madrugada desse domingo de há 42 anos, «tinha sido raptado de sua casa» o subchefe de redacção da EOA, António Cardoso, que era «militante do MPLA» e se encontrava «em local desconhecido».
O problema só no dia seguinte seria resolvido.

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