Avenida do Quitexe, em Janeiro de 2012. À direita, nota-se a messe de oficiais, a cobertura em branco e em bico. Imediatamente antes, em arcos, a casa dos furriéis. Em baixo, a notícia da formação de um Governo Angolano de Coligação
Aos idos dias que passavam nos meados de Outubro de 1974, andavam os Cavaleiros do Norte preocupados com as pilhagens na estrada do café e outros itinerários do Uíge e, por Luanda, era dada conta de chegada de Endrick Val Neto, da FNLA, para conversações com a Junta Governativa de Angola. E confirmava-se, às zero horas, o seu (da FNLA) anunciado cessar fogo - o que, aliado, ao da UNITA (a 14 de Julho) e a cessação de hostilidades por parte do MPLA (dado como certo no mesmo mês), levava a imprensa a concluir que «na prática, a guerra acabou em Angola».
Sobre o Governo de Coligação, a 16 de Outubro de 1974 confiava-se que «deverá funcionar até à realização das eleições constituintes» e o presidente da Junta Governativa trocou largas impressões com quadros da UNITA, que tinham concluído estudos superiores de Ciência Política, na Suíça. E eram, esperados mais 150 quadros políticos, formados em universidades europeias.
O Governo de Coligação deveria ser constituído por membros dos três movimentos de libertação (MPLA, FNLA e UNITA) e «outras facções políticas».
Duas notas salientes do dia:
1 - Cerca de 2 200 angolanos fugiram para o Botswana, tornando-se cidadãos deste país.
2 - A Inspecção de Crédito e Seguros de Angola anunciou que não eram aceites mais pedidos de transferências. Eram já milhares os não despachados e não se previa que o problema fosse resolvido ao final do mês.
E pelo Quitexe?
Há precisamente 39 anos, a 16 de Outubro de 1974, reuniu a Comissão de Luta Contra a Subversão - a CLCS.
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