O Clube do Quitexe, à esquerda (cor de rosa) e a 24 de Setembro de 2019, olhado pelo condutor Nogueira, do Liberato, e o furriel Viegas, da CCS |
O oficial de transmissões do BCAV. 8423 era o alferes José Leonel Hermida, que, por este tempo de há 48 anos e pelas bandas dos chãos uíjanos de Angola, acumulava com as funções de responsável pela ação psicológica.
A tarefa era levada a preceito e, nesse âmbito e faz hoje precisamente 48 anos, foi projetado um filme no Clube do Quitexe, também para a comunidade civil. Filme que, igualmente, foi alegrar os companheiros das guarnições militares e as comunidades civis de Aldeia Viçosa e Vista Alegre - por onde jornadeavam a 2ª. CCAV. 8423 e a 3ª. CCAV. 8423, respectivmente.
A projeção estava a cargo do 1º. cabo Rodolfo Tomás, que era rádio-montador de especialidade militar mas que também, por competência profissional civil e disponibilidade próprias, sacerdotalmente acumulava essa tarefa.
Assim começavam e se viviam os primeiros dias de Dezembro do Quitexe! Há 48 anos! Como o tempo «voou»!
O furriel miliciano Armindo Reino, o comandante Almeida e Brito, o soldado clarim Armando Silva e o capitão José Paulo Falcão |
Reunião em Carmona e
independência de Angola
na «ONU»
O mesmo dia 4 de Dezembro de 1974 foi tempo de o capitão José Paulo Falcão, comandante interino do BCAV. 8423, voltar reunir com os comandantes de outras unidades e no Comando do Sector do Uíge (CSU), em Carmona.
O comandante Almeida e Brito estava a chegar de férias em Lisboa e o livro «História da Unidade», que agora mesmo consultámos, refere que «o estreitamento de contactos entre comandos (eram) necessários, mais do que necessários, dada a constante evolução dos acontecimentos». Que realmente... evoluíam.
Por exemplo e no mesmo dia, o ministro da Coordenação Interterritorial, António Almeida Santos, assegurava nas Nações Unidas, em Nova York, que «Portugal esperava conceder a independência total de Angola em fins de 1975».
«Espera-se que se consiga (...), depois de uma forma de consulta popular democrática. A alternativa para uma solução deste género é o risco de uma guerra civil», afirmou Almeida Santos.
Foi profeta, como hoje sabemos.
Os três movimentos não se entenderam e já nessa altura, como leio no «Diário de Lisboa» de há precisamente 48 anos, «Portugal espera resolver os problemas inerentes à independência, por meio de uma reunião, ainda este mês, com os representantes dos três movimentos de libertação de Angola».
Por exemplo e no mesmo dia, o ministro da Coordenação Interterritorial, António Almeida Santos, assegurava nas Nações Unidas, em Nova York, que «Portugal esperava conceder a independência total de Angola em fins de 1975».
«Espera-se que se consiga (...), depois de uma forma de consulta popular democrática. A alternativa para uma solução deste género é o risco de uma guerra civil», afirmou Almeida Santos.
Foi profeta, como hoje sabemos.
Os três movimentos não se entenderam e já nessa altura, como leio no «Diário de Lisboa» de há precisamente 48 anos, «Portugal espera resolver os problemas inerentes à independência, por meio de uma reunião, ainda este mês, com os representantes dos três movimentos de libertação de Angola».
Esperar, esperava, mas não conseguiu.
Gordo, furriel de Santa Isabel,
70 anos em Alter do Chão !
O furriel miliciano António Luís Barradas Mendes Gordo, da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 4 de Dezembro de 2022, em Alter do Chão.
70 anos em Alter do Chão !
O furriel miliciano António Luís Barradas Mendes Gordo, da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 4 de Dezembro de 2022, em Alter do Chão.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e Cavaleiro do Norte da da Fazenda Santa Isabel - e depois do Quitexe e de Carmona -
Gordo regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixou-se na alentejana vila de Alter do Chão, a sua terra natal e onde, vida fora, fez carreira profissional como funcionário da Câmara Municipal.
Aposentado, lá continua a viver as emoções da idade (e já lhe cantam 70 ani hos...) e o afecto da família, feliz da vida e saudoso dos seus tempos da jornada africana do Uíge angolano.
Aposentado, lá continua a viver as emoções da idade (e já lhe cantam 70 ani hos...) e o afecto da família, feliz da vida e saudoso dos seus tempos da jornada africana do Uíge angolano.
Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário