O 1º. cabo Rodolfo Tomás ladeado pelos soldados Alberto Ferreira, à esquerda, e João Silva (?) |
As projeções cinematográficas dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, se vinham a realizar, desde o dia 4, terminaram a 18 de Dezembro de 1974.
Uma quarta-feira de há 48 anos!
As exibições fizeram-se por toda a Zona de Acção (ZA), envolvendo tosas as subunidades e decorriam no âmbito das actividades de acção psicológica - ao tempo sob responsabilidade do alferes miliciano José Leonel Hermida, oficial de transmissões -, e que, além da então (já a preparar-se) Festa de Natal, incluíam jogos de futebol entre as subunidades e a corrida de S. Silvestre - esta, no princípio a noite de 31 do mesmo mês de Dezembro e que viria a ser ganha pelo malogrado Jorge Custódio Grácio, o Spínola, soldado da 3ª. CCAV. 8423 - que viria a falecer, vítima de acidente de viação, a 2 de Julho de 1975.
A projeção dos filmes estava ao cuidado técnico do 1º. cabo Rodolfo Tomaz, rádio-montador de especialidade militar, que da vida civil tinha já experiência na área (e até colaboração prestou à comunidade civil) e foi feita no Quitexe, em Aldeia Viçosa e Vista Alegre e, como se lê no livro «História da Unidade», «também para as populações do Quitexe».
Rosa Coutinho cumprimenta Jonas Savimbi (UNITA), sob o olhar de Agostinho Neto (MPLA), à esquerda e de óculos. No Luso, há 48 anos! |
Portugal, MPLA e UNITA
reunidos no Luso angolano
O processo de descolonização de Angola continuava e, nesse mesmo dia de há 48 anos, o Alto Comissário Rosa Coutinho encontrou-se com os presidentes Agostinho Neto (do MPLA) e Jonas Savimbi (da UNITA), no leste, na cidade do Luso.
Savimbi, à chegada à capital do Moxico, disse «esperar concluir na semana que corre um acordo com o MPLA»
Notícia do Diário de Lisboa de 18 de Dezembro de 1974. O de há 48 anos! |
O acordo entre os dois partidos/movimentos fazia crer, segundo o Diário de Lisboa desse dia, «pelo menos teoricamente, na frente comum que, nos últimos meses tem sido afincadamente procurada, pelos três movimentos de libertação», com a FNLA - que não participou.
Expectava-se que «tal frente abrirá, sem dúvida, caminho para uma conferência cimeira com Portugal». Cimeira na qual «estabelecer-se-ia um Governo de Transição para levar à independência total de Angola».
Ao mesmo tempo, em Paris, o delegado da FNLA acusava Agostinho Neto: «Fez todos os possíveis para criar dificuldades de última hora, à realização da cimeira» entre os três. Quem, falava era o dirigente Pakou Zola, confirmando o acordo com a UNITA para a frente comum, «faltando apenas agora a unificação do MPLA».
Expectava-se que «tal frente abrirá, sem dúvida, caminho para uma conferência cimeira com Portugal». Cimeira na qual «estabelecer-se-ia um Governo de Transição para levar à independência total de Angola».
Ao mesmo tempo, em Paris, o delegado da FNLA acusava Agostinho Neto: «Fez todos os possíveis para criar dificuldades de última hora, à realização da cimeira» entre os três. Quem, falava era o dirigente Pakou Zola, confirmando o acordo com a UNITA para a frente comum, «faltando apenas agora a unificação do MPLA».
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