CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

7 007 - Futebol de Cavalaria no Quitexe e optimismo do MPLA quanto à independência de Angola!

Futebol da CCS do BCAV. 8423, em 1974. De pé, 1ºs. cabos Grácio, Gomes e Miguel, soldados Botelho (Cubilhas),
furriel Miguel (paraquedista), Gaiteiro e 1º. cabo Soares (já falecido). Em baixo, Miguel  (?, condutor), furriéis
Mosteias (já falecido) e Lopes, Delmar (morteiros), furriel Monteiro e 1º. cabo Teixeira (estofador)

Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, todos rádio-montadores:
soldado António Silva, 1º. cabo António Pais, furriel miliciano
António Cruz e 1º. cabo Rodolfo Tomás, na parada do Quitexe


Os primeiros dias de Dezembro de 1974 foram tempos tranquilos, em termos de gestão operacional dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e, ao mesmo tempo, de um 
carrossel de notícias e dúvidas que ao Quitexe chegavam sobre o processo de descolonização de Angola.
Tempos, recordando hoje, de alguns patrulhamentos e várias escoltas, serviços de ordem e tempos vividos na paz dos anjos (passe o termo) - já sem operações militares pelas matas uíjanas.
Sobrava tempo, mesmo assim, para outras actividades. Já aqui falámos de cinema (com projeções entre 4 e 18 de Dezembro, as do 1º. cabo Tomás), mas o futebol foi outra das atrações do mês natalício de 1974. Há 46 anos.
«Realizaram-se desafios entre as subunidades», anotou o livro «História da Unidade», sem, naturalmente, indicar resultados. A memória faz-nos lembrar que eram «épicos», pela rivalidade (sã) entre as Companhias dos Cavaleiros do Norte.
O dia 6 de Dezembro de 1974 era sexta-feira e, em Luanda, Lúcio Lara, chefe da Delegação do MPLA, denunciou «a existência de um Movimento Democrático para a Divisão de Angola».

A notícia do Diário de Lisboa de 6
de Dezembro de 1974. Há 48 anos!

Optimismo do MPLA quanto
à descolonização de Angola

O Diário de Lisboa de 6 de Dezembro de 1974 dava conta da conferência de imprensa de Agostinho Neto, que denunciou «o aparecimento de elementos divisionistas, pretensamente pertencentes ao MPLA».
O presidente do MPLA anunciou que tinha sido apresentado aos jornalistas um indivíduo de nome Ikuma Imuene, que «pretendia trabalhar na mobilização de massas na Lunda».
Descobriu-se, disse depois Lúcio Lara, também alto dirigente do MPLA, que, afinal, pertencia a um denominado Movimento Democrático para a Divisão de Angola.
O MPLA, porém e ao tempo, segundo Lúcio Lara, estava optimista relativamente «a esta fase do processo de descolonização, até à constituição do Governo de Transição», sublinhando que esse estado de espírito se devia «ao facto de a calma estar a regressar ao país».
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Emídio Pinto

Pinto d´Aldeia Viçosa,
faz 70 anos na Covilhã !


O soldado Emídio dos Santos Pinto foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da 2ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Manuel Cruz.
Festeja 70 anos a 7 de Dezembro de 2022. Amanhã!
Cavaleiro do Norte da subunidade da Aldeia Viçosa, é natural do lugar de Trigais, da freguesia de Erada, no concelho da Covilhã. Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, depois de concluída a sua jornada africana de Angola, por terras do Uíge - que também o levou para o BC 12, em Carmona.
Aposentado e da vida «tirando» o melhor que pode, mora na freguesia do Barco (na avenida S. Sebastião), também no município da serrana Covilhã, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

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