CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

3 148 - Zalalas em Carmona e NT isoladas e preocupadas

Grupo de Cavaleiros do Norte em Mortágua, a 30 de Maio de 2015. Em baixo, 
António Albano Cruz (ex-alferes miliciano) e dois Celestino´s:
Viegas (ex-furriel) e o Silva (condutor)


A 12 de Junho de 1975, a 1ª. CCAV. 8423 concluiu a sua rotação para Carmona e ficou instalada na ZMN. Vinda do Songo, cidade a 40 kms. da capital do Uíge, que ficou sem guarnição militar portuguesa, «entregando os quartéis da área às autoridades angolanas, de corado com o determinado». 
A rotação vinha a ser feita desde o dia 6, para a capital do Uíge poder ter «um efectivo que permitisse acorrer a situações semelhantes às da primeira semana do mês». A dos trágicos dias de Carmona. 
A FNLA era «a senhora do Uíge» e continuava a não entender bem, a não aceitar o papel da Forças Armadas Portuguesas - o dos Cavaleiros do Norte, no caso. Daí, refere o Livro da Unidade, «resultou calma ainda mas fictícia e preocupante e, no rescaldo, a conclusão é que mais do que nunca, as NT estão a viver no reino da FNLA, isoladas, preocupadas. e quase sem encontrar justificações justificativas da sua estada, salvo que entendem de dever e necessária a sua permanência». 
Parada BC12, nos primeiros dias de Junho
de 1975. Ao fundo, alguns dos refugiados no quartel e
um helicóptero para evacuação de feridos

O Livro da Unidade sublinha também que «cabe aqui afirmar-se, em relação às NT, que a calma demonstrada, o sangue frio posto, o verdadeiro espírito de sacrifício mostrado são garantes da sua tenacidade e firme certeza de que nelas - no Batalhão de Cavalaria 8423 - está verdadeiramente imbuído o sentido de grandeza próprio do consciente, desinteressado e leal desejo de cumprir a missão que lhe está sendo imposta, no processo de descolonização».
Quando, às vezes (muitas vezes...), ouvimos nas televisões, nas rádios e nos jornais, uns lapardanas a falar da descolonização - do que não sabem, nem viveram!!!... - bem apetece enfiar-lhe estes momentos pela boca  dentro. Não sabem do que falam. Falam de cor. São irresponsáveis e levianos. São uns papagaios! Não imaginam a heroicidades destes Cavaleiros do Norte e dos militares portugueses que, nesses difíceis tempos de há 40 anos, foram actores do conturbado processo de descolonização. 

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