CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 13 de junho de 2015

3 149 - Carmona a normalizar e MPLA/UNITA a dar mãos


Comandante Bundula (FNLA), capitães milicianos José Manuel Cruz (2ª. CCAV. 8423) 
e José Paulo Fernandes (3ª. CCAv. 8423) e alferes miliciano João Machado (2ª. CCAV. 8423)


Carmona, actual cidade do Uíge. A
estrada da cidade para o BC12, o quartel dos
Cavaleiros do Norte
Carmona, por estes dias de Junho de 1975, retomava a calma, embora com sucessivos patrulhamentos dos Cavaleiros do Norte (para controlo de segurança urbana e nos itinerários) e acção mais acentuada da Polícia de Unidade - a versão local da Polícia Militar (PM). 
A guarnição do Negage, agora sob dependência operacional do Batalhão de Cavalaria 8423 (os Cavaleiros do Norte), «foi reforçada, com a desactivação de Sanza Pombo», segundo o Livro da Unidade e, ainda segundo este, preparava-se a recolha da 3ª. CCAV. 8423, com  a sua saída do Quitexe, facto que, contudo, «só se poderá materializar em Julho». E assim foi. 
A 1 de Julho «começou a materializar-se, com a saída de um grupo de combate», concluindo-se no dia 8 e, assim, «completando-se totalmente a retracção do dispositivo no Uíge». Pouco mais de um ano antes, recordemos, os Cavaleiros do Norte estavam aquartelados no Quitexe (a CCS), Zalala (a 1ª. CCAV.), Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV.) e Santa Isabel (a 3ª. CCAV.) - para além de Companhias associadas: a CCAÇ. 209/RI 21 (na Fazenda Liberato), a CCAÇ. 4145 (em Vista Alegre) e o Pelotão de Morteiros 4281 (no Quitexe).
O que não aconteceu, naturalmente, foram as visitas às subunidades. «Os incidentes ocorridos, as mudanças de dispositivo, a necessidade de adaptação aos novos problemas a viver, fizeram com que não se verificassem quaisquer visitas às Subunidades, embora não deixasse de haver um perfeito e permanente apoio aos seus anseios, através de contactos diversos. Isto é, com a vinda a Carmona dos comandos subordinados», anota o Livro da Unidade.
Notícia do Diário de Lisboa de 13 de Junho de 1975,
sobre a aproximação do MPLA e UNITA
Em Luanda, MPLA e UNITA davam mãos: «Os ideais dos nossos movimentos são afins», disse Manuel Pacavira, dirigente do MPLA, depois de uma reunião na Subdelegação do Bairro Rangel, entre representantes do Comité de Acção daquele movimento nos bairros de Luanda e elementos do Departamento de Assuntos Sociais da UNITA. Portanto, disse Pacavira, que cito do Diário de Lisboa desse dia 13 de Junho de 1975, «temos de conjugar os nossos esforços, para evitar que o imperialismo se instale no nosso país».
A reunião, dias depois dos incidentes de Luanda (entre os dois movimentos) pretendeu «pôr uma pedra sobre o assunto».

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