CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

3 153 - Acção psicológica no Quitexe e Cimeira do Quénia

Cavaleiros do Norte no Quitexe: Madaleno, Moreira (Penafiel), furriéis Rocha e Cândido Pires, Soares (de
cabo dia), NN, Oliveira, NN, Estrela e NN (alferes Ribeiro?). De cócoras, NN, Tomás. NN, Pais, 
furriel Cruz, Silva, 
Cabrita, Vicente, NN, NN e Hipólito. Sentados: Costa, Wilson (?), Buraquinho, NN e NN. 
Quem ajuda a identificar os NN?

Furriéis Viegas à esquerda e a 17 de
Junho de 1974, dia do seu primeiro
serviço de sargento de dia no Quitexe,
com Nelson Rocha (fm)

A 17 de Junho de 1974, há precisamente 41 anos, o comandante Almeida e Brito reuniu-se com as autoridades e comerciantes da vila, no Clube do Quitexe, no âmbito das «iniciativas de actividade psicológica, com vista a preparar e metalizar as populações para o programa do MFA». 
O 25 de Abril tinha sido menos de dois meses antes e, muito naturalmente, levedavam dúvidas no espírito dos colonos brancos. O dia foi também o do primeiro serviço do furriel Viegas (foto) como sargento dia - depois de, a 14 anterior, o BCAV. ter assumido «a sua verdadeira vida operacional na RMA».
Um ano depois, a 17 de Junho de 1975, titulava o Diário de Lisboa que «as coisas estão a correr bem na Cimeira do Quénia», na qual os três movimentos rapidamente chegaram a acordo sobre a a agenda de trabalhos. «As coisas estão a correr muito bem, muito melhor que o se esperava», relatava o enviado especial da United Press.
Clube do Quitexe, onde, há 41 anos,
se realizou uma reunião da Comissão
Local de Contra-Subversão
O presidente
Agostinho Neto (MPLA) «fez eco do apelo de Kenyatta Kaunda, visando a união das forças armadas e a dar melhor forma ao Governo». Holden Roberto (FNLA), numa «manifestação de acordo entre eles», referiu-se a Agostinho Neto, «seu rival e adversário ideológico», como «meu irmão» e referiu que ambos «tinham inimigos dentro e fora de Angola». Jonas Savimbi (UNITA) pediu «o termo dos massacres, mortes e divergências».
A questão principal, em discussão, era a formação do Exército Nacional de Angola, integrando homens dos três movimentos de libertação.
Carmona, nos termos que ainda ontem aqui evocámos, continuava o seu processo de estabilização. «As actividades militares desenvolvidas foram iguais às do antecedente, às quais houve que acrescentar a realização de diversas escoltas, porquanto, perdida que foi a liberdade de itinerários, só se garante a certeza dos movimentos com o apoio militar, quando não até, e também, o aéreo», como já aqui reportámos.

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