Furriéis Viegas, Mosteias e Neto, há 20 anos, na nesse de Sargentos do
Bairro Montanha Pinto, em Carmona. Já tinham passado
os trágicos dias da primeira semana de Junho de 1975
Bairro Montanha Pinto, em Carmona. Já tinham passado
os trágicos dias da primeira semana de Junho de 1975
O MPLA, a 2 de Junho de 1975, reafirmava o «prosseguimento da guerra em Angola», segundo o Diário de Lisboa desse dia |
O presidente do MPLA desmentia, assim, uma notícia divulgada pela Emissora Oficial de Angola, na 3ª.-feira anterior, segundo a qual (recordo do Diário de Lisboa), o movimento teria decidido «abandonar a luta armada, para facilitar uma solução política do problema angolano».
«Ultimamente - disse Agostinho Neto em Brazzaville - registámos êxitos na zona de Cabinda e travamos combates importantes na parte oriental do nosso país».
O presidente do MPLA, citado pelas agências France Press e Reuters, acrescentou que «a actual situação militar no território é extremamente favorável aos guerrilheiros e os combates estão a intensificar-se no sector oriental e no Enclave de Cabinda». Não creio que fosse assim, mas entende-se (politicamente, afirmação de Agostinho Neto.
Um ano depois e depois da Cimeira do Quénia, «a grande questão a resolver» era, e cito o Diário de Lisboa de 22 de Junho de 1975, «a paz efectiva entre MPLA, FNLA e UNITA». A junção de homens (militares) com «místicas particularmente diversas» afirmava-se como «ponto central», pois «as dificuldades que oferece não será facilmente ultrapassadas», segundo opinião de observadores políticos da capita angolana.
Os três movimentos, como era reconhecido pelos seus dirigentes, assumiam a entrada, em Angola, de «grandes quantidades de armas. depois do cessar fogo com o Exército Português» e, por outro lado, denunciaram «zonas de influência onde cada um dos movimentos reivindicava superioridade militar e armamento de civis». Além disso, concordavam, que «as suas divergências internas levaram a combates que fizeram inúmeras vítimas e agravaram a situação, desenvolvendo o tribalismo, o regionalismo e o racismo».
Assim ia o processo de descolonização de Angola. Há 40 anos!!!
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