O Cavaleiro do Norte (ex-furriel) Viegas interveio na apresentação do livro «Cartas
de chamada para um regresso anunciado», de Carlos Laranjeira Craveiro, o primeiro,
da esquerda, em Maçãs de D. Maria (Alvaiázere). Seguem-se
Acílio Godinho, Jorge Trindade, Viegas e Rui Machado
Destacamento dos Cavaleiros do Norte na Fazenda Luísa Maria, Foto do alferes miliciano João Machado |
O dia de ontem foi de evocação da jornada africana dos Cavaleiros do Norte, em terras do Uíge angolano. Foi na apresentação do livro «Cartas de chamada para um regresso anunciado», de Carlos Laranjeira Craveiro - que evoca a epopeia de José Dias Craveiro, seu pai, que foi encarregado da Fazenda Luísa Maria, onde o BCAV. 8423 esteve em destacamento contínuo, de 10 de Junho a 14 de Dezembro de 1974.
A obra, de 662 páginas, faz memória da família Laranjeira Craveiro e anota cerca de uma centena de citações do blogue Cavaleiros do Norte. A cerimónia de apresentação do livro encheu literalmente o auditório da Junta de Freguesia de Maçãs de D. Maria e Rui Machado, o prefaciador, sublinhou o seu «carácter digressivo multifacetado» e que «a sua coesão não é em momento algum ameaçada, uma vez que a narrativa central, a da família Craveiro, se constitui como o fio condutor de que se vão desprendendo, a pouco e pouco, as inúmeras e encantatórias estórias que povoam a obra».
Arlindo de Sousa, presidente da Junta de Freguesia da Maçãs de D. Maria, falou da sua viagem (civil) por terras de Angola (onde também foi militar) - tal qual Natália de Sousa (professora e mulher de oficial na Guiné) e Lurdes Murama (de Moçambique).
Acílio Godinho testemunhou a sua experiência militar em terras da Guiné-Bissau e Jorge Trindade a jornada que fez em Moçambique - a que aditou interessantíssima evocação de piadas populares, em dialecto africano. O ex-furriel Viegas, em duas intervenções, fez história da experiência dos Cavaleiros do Norte em chão do Uíge e da passagem por Luísa Maria (primeiro) e, a terminar, fez a narrativa dos últimos dias da presença militar portuguesa no Uíge, nomeadamente da epopeica evacuação de 4 de Agosto de 1975.
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