Quartel dos Cavaleiros do Norte no Quitexe, em imagem colhida do lado da capela. Daqui
saíram os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel a 8 de Julho de 1975. Há 40 anos!!!
saíram os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel a 8 de Julho de 1975. Há 40 anos!!!
O furriel Viegas a registar, por escrito, as suas notas da jornada africana do Uíge angolano. Que tantas recordações têm trazido a este blogue |
Aos oito dias do mês de Julho de 1975, hoje se fazem 40 anos, a 3ª. CCAV. 8423 «fez a rotação para o aquartelamento de Carmona», o BC12 - onde já estava a CCS, desde 2 de Março. «Completando-se, totalmente, a retracção do dispositivo do Uíge», como leio no Livro da Unidade.
Ao tempo, e com as escaramuças que se repetiam na cidade e nos itinerários que os Cavaleiros do Norte controlavam, vivia-se um ar de tensão permanente. Também consequente do facto de o comando do BCAV. 8423 «não ter obtido do comando do QG/RMA a solução pretendida para a melhor solução do BCAV. na cidade», onde sistematicamente era alvo dos apontados dedos da comunidade civil.
A 1 de Julho, já tinha saído do Quitexe um grupo de combate dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. A rotação do resto da Companhia «completou totalmente a retracção do dispositivo do Uíge». A nova situação, porém, segundo o Livro da Unidade, não se previa que resultasse em «solução para os problemas existentes, como efectivamente se veio a verificar».
Desse dia, e dos meus apontamentos pessoais, noto eu: «Vem hoje a malta de Santa Isabel, já não era sem tempo, o que nos vai da algum descanso e alguma confiança, nestes tempos em que continuamos sem saber qual é o nosso futuro próximo, qual é sequer o nosso futuro e que papel vamos ter até ao fim da nossa jornada».
De Luanda, chegava-me correio do meu amigo Alberto Ferreira, lá cabo especialista da Força Aérea, em serviço na Base Aérea nº. 9: «Essa m... por aí está melhor, ou quê? Aqui está uma santidade. Mas é só aparente...». Adiantava-me a probabilidade de regressar a Portugal: «Com um pouco de sorte, talvez vá em Agosto. Mas não é nada de concreto», explicava. Concreto acabaria por ser, para sorte dele. «E tu, quando vens para Luanda?», perguntava-me o Alberto Ferreira, sem eu saber como responder-lhe.
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