Alferes milicianos Jaime Ribeiro, António Garcia e José Alberto Almeida, no «adro»
da igreja do Quitexe. À esquerda, a caserna dos atiradores e a dos sapadores; depois, o
edifício do comando do BCAV. 8423
edifício do comando do BCAV. 8423
Notícia do Diário de Lisboa de 17 de Julho de 1974, há 41 anos |
A meados de Julho de 1974, chegou ao Quitexe o alferes miliciano José Alberto Almeida, oficial de reabastecimentos, que faltava na guarnição - desde que, ainda em Santa Margarida, outro miliciano fora dado como «incapaz para o serviço militar», o também alferes miliciano Gaspar José F. Carmo Reis (de quem não tenho nenhuma memória).
A 17 de Julho desse mesmo 1974, fazia 33 anos o (nosso) capitão José Paulo Falcão e o comandante Almeida e Brito deslocou-se ao Comando do Sector do Uíge (onde já tinha estado a 14 e voltou a 31) para «contactos operacionais». Em Luanda, a população (especialmente a africana) e alguns jornais acusavam as autoridades civis e militares de culpas nos incidentes dos dias a anteriores, denunciando-lhe «ausência de capacidade de previsão e falta de espírito de decisão». E exigiam a demissão do governador geral (general Silvino Silvério Marques) e do comandante-chefe das forças armadas.
O número de mortos subira para 16, com 63 feridos e 16 pessoas detidas pelo Exército. O campeonato de futebol foi suspenso e proibida a circulação de viaturas ligeiras particulares durante a noite. A Universidade de Luanda interrompeu as suas actividades, em «posição de luto e solidariedade para com os trabalhadores negros» - que, da parte deles, voltaram ao trabalho.
«O ambiente de tensão estabelecido na área suburbana deu origem a algumas manifestação de solidariedade entre as comunidades de raças diferente», noticiava o Diário de Lisboa desse dia.
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