Vista Alegre, a entrada do lado de Carmona, com o aquartelamento lá em
cima. Aqui estava, há 41 anos, a CCAÇ. 4145 e, a partir de 21 de Novembro de
1974, a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, até 24 de Abril de 1975
1974, a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, até 24 de Abril de 1975
O antigo aquartelamento português de Vista Alegre, em Dezembro de 2012. Foto de Carlos Ferreira, que foi 1º. cabo da Zalala |
A 17 de Julho de 1974, terminou a Operação Turbilhão - de que não encontrei registo de início -, e, por via disso, retornaram «à responsabilidade operacional do BCAV. 8423 as ZA de Luísa Maria e Vista Alegre». Isto, como refere o Livro da Unidade, «dada a necessidade do Sector CN orientar a sua actividade noutro sentido, em virtude dos acontecimentos de Luanda que, de certo modo, poderiam vir a influenciar aquela ZA».
O final da Operação Turbilhão levou também a que, já a 18 de Julho de 1974 - hoje se completam 41 anos - a 1ª. CART. do BART. 6322/COTI passasse «à dependência operacional do BCAV. 8423» - os Cavaleiros do Norte. Continua(va), porém (a 1ª. CART. 6322) a «trabalhar a área dos «quartéis» de Camabatela e Quiculungo», o que, na prática «completa(va) o esforço operacional do Subsector em procurar actuar sobre todos os refúgios da ZA».
Notícia do Diário de Lisboa de 18 de Julho de 1974, sobre a situação em Angola |
A cidade era policiada pela PSP e os musseques pelas Forças Armadas» - em patrulhas constituídas por «soldados brancos e negros, frequentemente comandados por oficiais negros ou mestiços». Foram apreendidas 9 pistolas de vários calibres (a europeus), uma pistola na posse de um africano, 4 granadas de mão na posse de europeus e africanos e duas espingardas caçadeiras (a dois europeus). Um europeu foi detido (na posse de uma caçadeira e três granadas) e 17 africanos foram presos (por roubos).
O comunicado das Forças Armadas dava igualmente conta de «depradações de casas comerciais do bairro da Lixeira» e também de «actos de violência nos bairros Mota, Sambizanga, Rangel e Bungo» - este muito perto do porto de Luanda. No Sambizanga, foram detidas 30 pessoas «por falta de documentos e em posse de armamento».
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