CARMONA, a actual cidade de Uíge, em vista aérea relativa-mente recente. A foto
foi cedida por Basílio Gomes Borges. Em baixo, à direita e
na mesma foto, vê-se o hospital
foi cedida por Basílio Gomes Borges. Em baixo, à direita e
na mesma foto, vê-se o hospital
Daniel Chipenda esteve em Carmona há precisamente 40 anos. Era secretário geral adjunto da FNLA |
Aos 21 dias de Julho de 1975, repetiu-se a «gracinha» da FNLA: «impediu» o avanço do MVL para Luanda. Já o mesmo tinha acontecido no dia 13, uma semana antes. Os Cavaleiros do Norte não tinham ordem para disparar e o regresso tornou-se inevitável. Com grande constrangimento das forças, que tiveram explicações (suficientes) do comandante Almeida e Brito e, deste, enérgica reacção junto dos responsáveis da FNLA.
Quem estava na cidade, por estes dias, era Daniel Chipenda, ao tempo secretário geral adjunto da FNLA e que, dos estúdios locais da Emissora Oficial de Angola, se dirigiu «a todo o povo angolano», anunciando que o presidente Holden Roberto estava em território nacional para «conduzir as operações militares do ELNA».
«Nós, FNLA, somos, portanto, obrigados a pegar em armas para mais um vez dizer não aos que querem oprimir o povo. Voltamos às armas pela mesma razão de 1961. Queremos liberdade. Queremos liberdade e terra para os angolanos», disse Daniel Chipenda.
Notícia do Diário de Lisboa, do dia 22 de Julho de 1975 |
O Caxito, a 50 quilómetros da capital estava bloqueado por tanques da FNLA - porém, impedidos de avançar. O caminho de ferro entre Luanda e Malanje foi cortado a 40 quilómetros de Salazar, cidade que estava praticamente abandonada e muitos habitantes figuram e refugiaram-se em Nova Lisboa e Sá da Bandeira. Mais de um milhar recolheu-se o quartel português.
Carmona preparava o plano de evacuação dos Cavaleiros do Norte!
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