Elementos das Forças Militares em Carmona, numa altura em que, com as NT,
patrulhavam as ruas da cidade. Há 40 anos, os seus graduados receberam galões e
divisas do que seria ( e não foi) o Exército Nacional de Angola
Alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa, da 2ª. CCAV. 8423, que há 40 anos foi para Carmona e agora, promotor comercial, reside nos (seus) Marrazes de Leiria |
Os acontecimentos de Luanda (que aqui sumariamente temos relatado) levaram a que, a 17 de Julho de 1974, a 2ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz), cedesse, em dilgência, «um grupo de combate para patrulhamentos na área suburbana de Carmona».
Era o grupo comandado pelo alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa.
Ao mesmo tempo, em Luanda, a capital, as Associações Económicas de Angola (AEA) condenaram «a vaga de incidentes nos musseques» e contestaram «a legitimidade do Governo local», por, nomeadamente e como acentuavam, «não representar as correntes políticas angolanas», e informando que iriam mandar a Lisboa «uma delegação. em busca de soluções urgentes».
As diligências não foram bem sucedidas, tanto quanto se sabe.
Notícia do Diário de Lisboa de 19 de Julho de 1975, sobre o cerco do MPLA à FNLA, em Luanda |
Carmona, por essa altura e com os Cavaleiros do Norte aquartelados no BC12, assistiu, no dia 17 de Julho desse 1975 (há 40 anos!!!...), à cerimónia de «entrega de galões e divisas aos graduados da subunidade» - a Companhia das Forças Integradas -, que iriam formar o futuro Exército Nacional de Angola. O momento, segundo o Livro da Unidade, foi aproveitado para «explorar os deveres militares e as responsabilidades dos chefes, em acção orientadora destes elementos que, embora desejando fazer algo por Angola, se sentem submergir e deixar de ver a aceitação e autoridade que se pretendeu imprimir-lhes».
Não faltavam boas intenções!!!
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