CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

3 185 - Comandos do BCAV. 8423 reunidos no Quitexe e FLEC em Lisboa

Cavaleiros do Norte no Quitexe. Furriéis milicianos à porta da messe: Fernando Pires e Luís Costa (Morteiros), Graciano 
Silva, António Fernandes (de bigode e quico), José F. Carvalho (bigode e boina) e Nelson Rocha (CCS). Depois, João 
Cardoso (de bigode e a rir), Grenha Lopes, António Flora (de boca tapada pelo Fernandes) e Viegas (CCS), Joaquim Abrantes, 
adido à CCS (de cachimbo), Armindo Reino (tapado pela mão direita do Bento) e Francisco Bento, de bigode e mãos no ar (CCS). Á 
frente Ângelo Rabiço (de bigode) e Delmiro Ribeiro. Exceptuando os indicados, são todos da 3ª. CCAV. 8423



Edifício do Comando do Batalhão de Cavalaria
8423, na Avenida do Quitexe - ou Rua de
Baixo. Ao fundo, seguia-se para o cemitério e
estrada (picada) de Camabatela 
A reunião mensal do Batalhão de Cavalaria 8423 realizou-se a 8 de Junho, novamente no Quitexe, «mercê de ainda não existirem estruturas nas restantes subunidades, que permitissem a sua realização nas suas sedes» - subunidades que estavam aquarteladas em Zalala (1ª. CCAV. 8423), Aldeia Viçosa (2ª.) e Santa Isabel (3ª.). Ou as adidas, em Vista Alegre (CCAÇ. 4145) e Fazenda Liberato (CCAÇ. 209/RI).


A primeira reunião de comandos dos Cavaleiros do Norte ocorrera a 15 de Junho, também no Quitexe, quando, recordo do Livro da Unidade, «além de uma troca de impressões entre todos os comandos e o dar a conhecer as linhas directrizes das actividades futuras, foi procurado encontrar uma melhor solução para o dispositivo do BCAV., de modo a que permitissem um maior aproveitamento de todas as suas forças».
Tinha isso a ver com o facto de estarem os Cavaleiros do Norte «numa zona onde se encontram sediados vários «quartéis» IN», o que tornou óbvio que a actividade estivesse «sempre orientada sobre esses refúgios, dando-se paralelamente apoio a todos os fazendeiros e à cobertura económica das actividades do Subsector, que neste mês decorrem sobre a apanha do café».
Ao mesmo tempo, uma delegação da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) viajou para Lisboa «para conversações com o Governo Provisório». A FLEC, segundo o Diário de Lisboa de 9 de Julho de 1974, «é muito contestada no enclave norte, por pretender a separação do resto do território angolano». O jornal recordava que «em Cabinda se encontram os enormes jazigos de petróleo explorados pelos americanos».

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