Quartel do BC12, em Carmona, onde esteva instalado o Batalhão de Cavalaria 8423. Ficava à saída da cidade, na estrada para o Songo |
Fazenda Santa Isabel, onde esteve aquartelada a 3ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano José Paulo Fernandes |
A 3ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Paulo Fernandes e aquartelada na Fazenda Santa Isabel, recebeu o comandante Almeida e Brito a 15 de Julho de 1974.
O dia foi tristemente assinalado pela morte, devido a um acidente de viação, do soldado Bernardo Oliveira, de 26 anos, da incorporação local (angolana) e elemento do respectivo Grupo de Mesclagem. Era natural de Caiango, no Alto Canale.
Exactamente um ano depois, já com todo o BCAV. em Carmona, a FNLA fez-lhe «pedido de armas retidas no quartel». Que foram recusadas.
Viviam-se tensos momentos, por estes meados de Julho de 1975. Na véspera, a capital Luanda fora cenário de violentos combates (de que resultaram pelo menos 12 mortos e 60 feridos e refugiados). Em Carmona, com os Cavaleiros do Norte em «permanente situação de prevenção simples», patrulhavam-se a cidade e os principais itinerários.
Os comandos militares, em Luanda, pouca atenção davam ao Uíge, onde a FNLA cada vez mais queria ocupar posições e controlar pontos estratégicos - depois de, na primeira semana de Junho, ter expulsado o MPLA. «No terreno, assiste-se a uma ocupação de parte do distrito do Uíge, por tropas da FNLA», referia o Diário de Lisboa de 15 de Julho de 1975.
A fuga das populações (à guerra) «mais flagrante torna a divisão do país em zonas de influência que poderão conduzir a uma guerra de secessão e, por outro,lado, isolam mas a norte Cabinda, que se encontra sob controle do MPLA», comentava o DL. O jornal de Lisboa sublinhava também que «ontem circulavam notícias de que uma coluna da FNLA, incluindo blindados, se encaminharia para Luanda» - notícias que o mesmo DL não conseguiu confirmar.
Notícia do Diário de Lisboa, sobre o Uíge, a 15 de Julho de 1975 |
Um oficial de alta patente da Força Aérea Portuguesa, citado pela Reuters, afirmou que «a FNLA prepara-se, aparentemente, para reforçaras suas tropas em Luanda, ou mesmo cercar a cidade, que é extremamente vulnerável».
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