Os alferes milicianos João Machado (1º.) e Jorge Capela (2º.), os primeiros Cavaleiros
do Norte na Fazenda Luísa Maria. Atrás, o (1º. cabo) José Maria Beato e
o (capitão miliciano) José Manuel Cruz, comandante da BCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa
Os furriéis milicianos Joã Brejo, CJ Viegas (da CCS) e António Carlos Letras, no encontro dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, a 26 de Setembro de 2015 |
Os dias de Outubro de 1974, pela banda dos Cavaleiros do Norte, iam-se passando entre serviços «à ordem» e os patrulhamentos de itinerários e levedada expectativa sobre o final da comissão. Mal imaginávamos, ao tempo, que só terminaria quase um ano depois.
Problema por lá, pelo Uíge e logos nos primeiros dias do mês, era «o êxodo dos trabalhadores rurais», com, sublinha o Livro da Unidade, «elevado incremento no período, provocando o fecho de algumas fazendas, nomeadamente nas cordas de Zalala e do Canzundo, bem assim na zona de Vista Alegre e em muitas outras, provocando a paragem da laboração».
O Letras, a beber café) e o Amorim Martins, dois furriéis milicianos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa |
A situação conduziu «a grande preocupação na maioria dos fazendeiros» e, por via disso, «à fuga do pessoal dirigente das fazendas, por julgar que a sua presença não tem justificação e que nem será aceite no futuro, uma vez que tem provas absolutas de que é a FNLA que impõe a saída dos trabalhadores rurais, sob a coação da morte, se tal não acontecer».
A 8 de Outubro de há 41 anos, em Lusaka, o presidente do MPLA, por seu lado, reconhecia «o direito à existência das minorias brancas em Angola», como noticiou o Diário de Lisboa, citando a France Press. Agostinho Neto negou «fazer racismo negro» e acrescentou que «a nossa intenção é defender os interesses dos branco. «Podemos garantir-lhes - frisou Agostinho Neto - que a nossa política será permitir a existência de brancos no nosso país».
O presidente do MPLA,. há 41 anos, garantia os interesses do brancos em Angola |
«Sempre muito bem tratados pelos gerentes», sublinhou o antigo oficial, corroborado por João Machado, o primeiro alferes miliciano Cavaleiro do Norte que esteve na fazenda - logo em Junho de 1974.
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