CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

3 277 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos (13)

Os alferes milicianos João Machado (1º.) e Jorge Capela (2º.), os primeiros Cavaleiros 
do Norte na Fazenda Luísa Maria. Atrás, o (1º. cabo) José Maria Beato e 
o (capitão miliciano) José Manuel Cruz, comandante da BCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa


Os furriéis milicianos Joã Brejo, CJ
Viegas (da CCS) e António Carlos Letras, no
encontro dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa,
a 26 de Setembro de 2015

Os dias de Outubro de 1974, pela banda dos Cavaleiros do Norte, iam-se passando entre serviços «à ordem» e os patrulhamentos de itinerários e levedada expectativa sobre o final da comissão. Mal imaginávamos, ao tempo, que só terminaria quase um ano depois. 
Problema por lá, pelo Uíge e logos nos primeiros dias do mês, era «o êxodo dos trabalhadores rurais», com, sublinha o Livro da Unidade, «elevado incremento no período, provocando o fecho de algumas fazendas, nomeadamente nas cordas de Zalala e do Canzundo, bem assim na zona de Vista Alegre e em muitas outras, provocando a paragem da laboração».
O Letras, a beber café) e o Amorim
Martins, dois furriéis milicianos Cavaleiros
do Norte de Aldeia Viçosa
A paragem, valha a verdade, «não trará grande afectação à futura colheita», devido «à situação em que se encontravam os trabalhos agrícolas», como refere o Livro da Unidade, perspectivando, todavia, que «já se verificarão fortes prejuízos ao poderio económico local» se se mantivesse até Janeiro» de 1975.
A situação conduziu «a grande preocupação na maioria dos fazendeiros» e, por via disso, «à fuga do pessoal dirigente das fazendas, por julgar que a sua presença não tem justificação e que nem será aceite no futuro, uma vez que tem provas absolutas de que é a FNLA que impõe a saída dos trabalhadores rurais, sob a coação da morte, se tal não acontecer».  
A 8 de Outubro de há 41 anos, em Lusaka, o presidente do MPLA, por seu lado, reconhecia «o direito à existência das minorias brancas em Angola», como noticiou o Diário de Lisboa, citando a France Press. Agostinho Neto negou «fazer racismo negro» e acrescentou que «a nossa intenção é defender os interesses dos branco. «Podemos garantir-lhes - frisou Agostinho Neto - que a nossa política será permitir a existência de brancos no nosso país».
O presidente do MPLA,. há 41 anos,
garantia os interesses do brancos em Angola
Há dias, no encontro dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, este tempo foi recordado - assim como o aquartelamento permanente de um pelotão na Fazenda Luísa Maria - onde, há precisamente 41 anos, estava o pelotão comandado pelo alferes miliciano Jorge Capela. 
«Sempre muito bem tratados pelos gerentes», sublinhou o antigo oficial, corroborado por João Machado, o primeiro alferes miliciano Cavaleiro do Norte que esteve na fazenda - logo em Junho de 1974.

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