Cavaleiros do Norte de Zalala. Quem os identifica? O primeiro da esquerda,
em baixo, é o Cunha (enfermeiro). A foto é do açoreano Idalmiro Vargas
em baixo, é o Cunha (enfermeiro). A foto é do açoreano Idalmiro Vargas
Os furriéis milicianos António Fernandes (da 3ª. CCAV. 8423) e Viegas (CCS) e, momento de passeio na Rua de Baixo (Avenida) do Quitexe, há 41 anos |
O presidente do MPLA afirmou, a 20 de Outubro de 1975, que «o povo angolano prepara-se para assumir as suas responsabilidades de povo livre dentro do condicionalismo herdado de uma situação colonial específica e de um período de descolonização em que a potencia colonizadora foi incapaz de ultrapassar o papel de intermediário, que foi o seu na época de exploração colonial-imperialista».
Agostinho Neto, na mensagem ao povo angolano e a poucos dias do 11 de Novembro, considerou que «organizações ditas nacionalistas preparam uma invasão de Angola pelo Norte» e culpou «determinados responsáveis portugueses, de cuja hesitação e por vezes mesmo colaboração se aproveitaram as ditas forças».
Holden Roberto, no Ambriz - onde a FNLA tinha instalado a sua sede provisória -, mostrou à Comissão de Conciliação da OUA 2 roquetes de 122 mm,de fabrico soviético, alegadamente dos 500 mísseis terra-ar lançados elo FNLA sobre as suas forças. E disse a FNLA esperava entrar em Luanda no dia seguinte - uma terça-feira, dos 21 de Outubro de 1975. O MPLA desmentiu tal possibilidade, afirmando que «assegurava», como se lê no Diário de Lisboa, «a defesa da capital angolana» e contando com o «apoio das massas populares».
Notícia sobre Angola no Diário de Lisboa de 20 de Outubro de 1975 |
Um ano antes, com os Cavaleiros do Norte aquartelados no Quitexe (CCS), em Zalala (1ª. CCAV.), Aldeia Viçosa (2º. CCAV.) e Santa Isabel (3ª. CCAV.), prosseguia «o êxodo dos trabalhadores rurais, que teve elevado incremento (...), provocando o fecho de algumas fazendas». Continuavam o patrulhamentos inopinados e os serviços de ordem, preparando-se, por outro lado, o desarmamento das milícias rurais.
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