Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, numa excursão
às Quedas do Duque de Bragança. O alferes Carlos Silva está assinalado a
amarelo. Quem conhece e identifica os restantes?
O alferes Lains dos Santos e os furriéis Plácido Queirós (que hoje faz 63 anos) e Américo Rodrigues, Cavaleiros do Norte de Zalala |
A 26 de Outubro de 1975, «os combates prosseguiam ininterruptamente», na zona de Sá da Bandeira e desde o dia 24, «sendo difícil avaliar as posições das forças em presença», como relatava o Diário de Lisboa desse dia. No centro norte, zona do Caxito, informava o jornal que «a situação evolui favoravelmente para as FAPLA» - o exército do MPLA.
O jornal dava igualmente conta que «os dois batalhões do Exército de Libertação de Portugal (ELP). juntamente com os mercenários sul-africanos e elementos da FNLA e da UNITA envolvidos nas frentes de Sá da Bandeira, são chefiados pelo «comandante» Roxo, que se distinguiu pelas atrocidades cometidas contra a população civil moçambicana durante a guerra colonial».
A independência estava a 16 dias!
Um ano antes, no Quitexe, relata o Livro da Unidade que «foi realizada uma reunião com os regedores, aos quais foi feito ver a necessidade de entregarem o armamento das milícias». A operação de desarmamento tinha começado a 21 de Outubro e, como já aqui escrevemos, «não teve boa aceitação por arte dos povos, nomeadamente dos postos-sede», no Quitexe e Aldeia Viçosa.
Os milícias apresentados, sabia-se e como já aqui contámos, como refere o Livro da Unidade, que «vivem em contacto permanente, quase geral há largos anos» com o IN. E também se sabia que «salvo honrosas excepções, as milícias não tiveram actuações de vulto em defesa dos seus aldeamentos». Todavia, acrescenta-se no LU, «mesmo assim, argumentam os povos que esses núcleos armados são a melhor defesa às acções de depradação e exigência do IN».
Notícia do Diário de Lisboa de 26 de Outubro de 1974, com declarações de Agostinho Neto, presidente do MPLA: «Chegaremos a uma frente comum para a independência de Angola» |
Agostinho Neto negou ter estado com Jonas Savimbi (presidente da UNITA), mas considerou que «estamos a estudar o problema da UNITA, pois existem graves acusações sobre o seu presidente, feitas até por militares». Mal se adivinharia o que se passaria um ano depois, em vésperas da independência.
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