Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos, a 26 de Setembro
de 2015, no 15º. convívio: Soares, Freitas Ferreira, que será o organizador do
encontro de 2016 (furriel miliciano), Estevão Neto (padeiro) e Carvalho de Sousa (alferes)
A 2ª. CCAV. 8423, que há uma semana esteve reunida em Salvaterra de Magos, era comandada pelo capitão José Manuel Cruz, oficial miliciano e de Ovar. Com quatro alferes milicianos: João Machado, de Operações Especiais, os Rangers (que interinamente comandou a guarnição) e os atiradores de Cavalaria Domingos Carvalho de Sousa, Jorge Manuel Capela e João Carlos Periquito. Este, foi o único que não esteve no convívio. Mais tarde, também fizeram parte da companhia os alferes milicianos atiradores Manuel Meneses Alves (chegado em Fevereiro de 1975 e falecido a 15 de Maio de 2013, em Leiria e por doença) e Fernando António Morgado Ramos (em Maio do mesmo ano, agora advogado em Vila Nova de Foz Coa).
José Manuel Costa (furriel) e João Machado (alferes), dois Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos |
A 3 de Outubro de 1974, hoje se fazem 41 anos, a Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS) reuniu no Quitexe. Eram encontros habituais de trabalho, entre as lideranças militar e civil (e agentes locais), para a analisar a situação da zona. As CLCS agiam directamente junto das populações, através de acção psicológica e com o objectivo de influenciar o seu comportamento, para uma maior fixação no território e negar o apoio a elementos infiltrados.
Notícia do Diário de Lisboa de 3 de Outubro de 1974, sobre a situação em portugal e em Angola, com declarações do Alto Comissário Rosa Coutinho |
Piores estavam as coisas, um ano depois, a 37 dias da independência. Decorria a Cimeira de Kampala, no Uganda, e os três movimentos não se entendiam - extremando posições. De Lisboa, a 30 de Setembro, tinham partido 110 paraquedistas, voluntários, que foram integrados no Batalhão de Caçadores Paraquedistas nº. 21, em Luanda. A Marinha continuava a «prestar auxílio a traineiras que abandonaram Angola com refugiados, rumo a Portugal». Em Nova Lisboa, era véspera da conclusão da ponte realizada pela Força Aérea Portuguesa, para evacuar colonos. Começara a 4 de Agosto e já transportara mais de 40 000 brancos. Para Luanda e a caminho de Lisboa. A zona, ao tempo, estava «ocupada» pela FNLA e UNITA.
O Órgão Coordenador do MPLA para a Europa apresentou-se em Lisboa, na manhã de 3 de Outubro de 1975, e exigia que Portugal entregasse Angola ao movimento presidido por Agostinho Neto. «Lançamos um apelo ao Governo Português: que Angola seja entregue ao único movimento de libertação, o MPLA», frisaram os seus dirigentes.
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