Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel: José Querido, Vitor Guedes (falecido a 16 de Abril de 1998, de doença), António Fernandes, Agostinho Belo (de óculos) e Ângelo Rabiço |
A paragem de hostilidades entre as NT e a FNLA «em nada mudou a vida operacional que se conduzia, a qual continuou a caracterizar-se por intensa actividade de patrulhamentos, nomeadamente para a obtenção de liberdade dos itinerários», como ainda há dias lembrámos, citando o Livro da Unidade.
Há precisamente 41 anos, o que mais se expectava entre os Cavaleiros do Norte era o regresso a Portugal. Para mais, ai santa ingenuidade..., sabia-se por esses dias de Outubro que o Governo Português esteve reunido em Kinshasa, com dirigentes da FNLA e «em ordem à descolonização de Angola».
O general Fontes Pereira de Melo, chefe da delegação portuguesa, foi expressivo no final das reuniões, declarando, como agora releio no Diário de Lisboa de 12 de Outubro de 1974, que «foram estudados os caminhos para a paz e a fraternidade em Angola».
Notícia do Diário de Lisboa de há 41 anos, sobre o processo de descolonização de Angola |
Estes factos, ajudam a compreender a expectativa dos Cavaleiros do Norte que, ao tempo, se aquartelavam no Quitexe (CCS), na Fazenda de Zalala (1ª. CCAV. 8423), em Aldeia Viçosa (2ª. CCAV) e na Fazenda Santa Isabel (3ª. CCAV.) - para além da CCACç. 4145 (em Vista Alegre) e da CCAÇ. 209/21 (na Fazenda do Liberato).
A 10 de Outubro de 1975, um ano depois e com os Cavaleiros do Norte já em Portugal, chegou a Luanda uma Comissão de Conciliação da Organização de Unidade Africana (OUA), formada por 60 elementos e chefiada pelo embaixador Djoudi, secretário geral adjunto da organização. dia da independência estava cada vez mais próximo: 11 de Novembro de 1975!
Sem comentários:
Enviar um comentário