CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

3 310 - Escola de Recrutas, há 42 anos, dos Cavaleiros do Norte

Cavaleiros do Norte da CCS no encontro de Águeda, a 9 de Setembro de 
1995: o 1º. cabo escriturário José Lopes Esteves (de Viseu) e o Aurélio 
Júnior (Barbeiro) atirador de Cavalaria do PELREC


Cavaleiros na Escola de Recrutas, há 42 anos: um
rádio-telegrafista, o alferes Lains dos Santos e
os furriéis Plácido Queirós e Américo Rodrigues
Recuando no tempo, a 18 de Fevereiro de 1974 - já lá vão 42 anos!!!... -, os então futuros Cavaleiros do Norte iniciaram «os exercícios finais da Escola de Recrutas», na que o Livro da Unidade refere como «tão conhecida Mata do Soares», nos arredores de Santa Margarida.
O (nosso) Batalhão de Cavalaria 8423 estava aquartelado no Destacamento do Regimento de Cavalaria 4 (RC4), onde os primeiros contactos formais enquanto unidade e para os quadros operacionais tinham acontecido a 8 de Janeiro - seguindo-se, gradualmente, a apresentação dos especialistas. «Completou-se, desse modo, a primeira parte da chamada instrução especial», refere o Livro de Unidade.
Um ano depois, já em Angola e no Uíge, continuava a expectativa sobre a rotação do batalhão: para Carmona ou para Luanda? Aqui, a esse dia 17 de Fevereiro de 1975, a FNLA exigia do Governo de Transição, segundo leio no Diário de Lisboa, «a dissolução imediata das chamadas comissões populares de bairro», afectas ao MPLA, garantindo que «continuará a rejeitar todo e qualquer acto susceptível de provocar uma guerra fratricida» e, por outro lado, que «não permitirá a instalação de um clima de insegurança e de anarquia no país».
Notícia do Diário de Lisboa de 18 de
Fevereiro de 1975, sobre as Comissões
Populares de Bairro do MPLA
Continuava a questão Chipenda e o MPLA, através de Lúcio Lara, chefe da delegação de Luanda acusou este dissidente de «se vender aos interesses estrangeiros» e de «lançar a instabilidade no nosso país». O dirigente do movimento de Agostinho Neto considerou também que «os elementos da Facção Chipenda são veteranos de guerra contra o colonialismo português» e exortou-os a «lutar patrioticamente por uma Angola melhor, mas sem armas ou pelo menos sem armas que ameacem o nosso povo».
Os partidários de Daniel Chipenda tinham sido expulsos de Luanda na 5ª-feira anterior (dia 13 de Fevereiro), pelas forças do MPLA que, como reportava o Diário de Lisboa do dia 18, «invadiram os escritórios que ocupavam na capital». Mortos, foram 20 e muitos feridos!

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