O capitão José Manuel Cruz, comandante da 2ª. CCAV. 8423 (segundo, da
direita, ladeado pelos alferes milicianos Domingos Carvalho (à esquerda),
António Albano Cruz (CCS) e João Periquito. Em baixo, Jorge Capela
O alferes miliciano Fernando António Morgado Ramos, que há 41 anos chegou a Carmona e à 2ª. CCAV. 8423. É advogado em Vila Nova de Foz Coa |
A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa mas ao tempo já em Carmona, foi reforçada, em Maio de 1975 e «para além do QO» pelo alferes miliciano Fernando António Morais Ramos, atirador de Cavalaria. Que por lá pouco tempo se quedou. «Talvez em Julho, voltei a Luanda, de férias, e já por lá fiquei, não voltando a Carmona», recordou o agora advogado em Vila Nova de Foz Coa, que para o BCAV. 8423 tinha ido por razões disciplinares.
«Um castigo tão guerreiro quanto castrense», recordou o antigo oficial miliciano, que também jornadeou (antes) por terras do Luvo, Mamarrosa e Damba e, na segunda vez de Luanda, integrou as Forças Militares Mistas.
Carmona continuava expectante: «Se há incidentes em todas as cidades, também aqui chegarão...», alertava o comandante Almeida e Brito, por palavras que cito de memória. Mas tinham este sentido.
O Livro da Unidade, de que me socorro, dá conta que «pareceria o fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria, por consequência, situações de acalmia em todo o território, procurando os diversos movimentos emancipalistas, através da ideologia político-social que defendem, fazer enraizar nas populações esses seus ideais e daí, com maior ou menor facilidade, conduzir-se-iam as suas acções no decurso do processo de descolonização».
As baixas do Carlos Alberto Lopes, da CCS (quem era?) e do condutor Rui Rocha, da 2ª. CCAV. 8423. Clicar na imagem, para a ampliar e ler |
Um ano antes e do RC4, em Santa Margarida, marchou (a 3 e voltou a 6 de Maio) para o Hospital Militar Regional 3, de Tomar, o soldado Carlos Alberto A, Lopes, da CCS do BCAV. 8423, Foi a uma consulta externa de cardiologia e sabe-se que não embarcou para Angola - provavelmente por razões de doença, deste foro clínico. Quem também foi a consulta da mesma especialidade (e a 28 de Abril e 3 de Maio) ao mesmo HMR3 foi o soldado condutor Rui Manuel Duarte da Rocha. O Rocha não teve a mesma sorte e embarcou para Angola, na companhia comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz.
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