Furriéis milicianos e Cavaleiros do Norte de Santa Isabel: Grenha Lopes (que foi monitor das aulas regimentais em Santa Margarida) e Agostinho Belo (atrás) e Graciano Silva |
A 25 de Maio de 1974 (há 42 anos!!!!...) o dia era de antevéspera da partida para Angola e, cá por casa, a pequena mala preta e o saco da TAP já estavam mais que prontos, arrumados e voltados a arrumar: as roupas e calçado na mala, artigos de higiene e um queijo flamengo no saco. Ambos - a mala e o saco - ainda hoje «moram» ali no sótão.
Andei a percorrer, em adeus, os sítios mais íntimos do chão da minha aldeia e conversei com vários familiares e amigos, todos encorajando uma comissão ultramarina que, apostavam eles, seria de certa duração. Foi de 15 meses!
As notícias do dia confirmavam a cimeira de Lusaka, na qual participou o presidente da FNLA, Holden Roberto. Kenneth Kaunda, presidente da Zâmbia e anfitrião do encontro, comentou no final que «se Portugal aceitar o princípio da independência com base num governo da maioria, nesse caso a África não terá dúvidas e apoiar a efectivação das negociações de paz». Sublinhou também «a necessidade de unificação, unificação que, nomeadamente, tem faltado entre os movimentos de guerrilheiros que combatem em Angola». Referia-se a FNLA de Holden Roberto, ao MPLA de Agostinho Neto e à UNITA de Jonas Savimbi.
Hoje, das memórias do BCAV. 8423, venho recordar as aulas regimentais da 3ª. CCAV. 8423, que a partir de 6 de Fevereiro de 1974, ainda em Santa Margarida, passaram a ser monitoradas pelo 1º. cabo miliciano José Avelino Grenha Lopes.
A Ordem de Serviço nº. 71, de 26 desse mês, dá conta de terem sido matriculados 5 futuros Cavaleiros do Norte. Os seguintes:
- 1ª. Classe: Raúl M F da Silva.
. 2ª. Classe: Armindo Frazão da Silva, atirador, de Rio Maior; António Manuel da Silva Matias, atirador; José Manuel Neves Eusébio, atirador, de Gradil, da Costa de Barros, em Mafra ; e Manuel G Mateus.
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