CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

3 395 - A não cimeira e o reencontro com o TRMS José Mendes

Quatro Cavaleiros do Norte, ainda no Quitexe: o Mortágua (?), Jorge 
Pinho (1º. cabo escriturário, falecido de doença a 10 de Abril de 2003, no 
Porto),Pagaimo (Morteiros) e... quem é?  Quem identifica 
este companheiro da jornada africana do Uíge angolano?


José Mendes (que hoje faz 64 anos) e Viegas em Lisboa, a
20 de Abril de 2016, quando aquele falava com o (ex-furriel)
Pires, ambos das transmissões do Quitexe

A 13 de Maio de 1975, uma terça-feira, soube-se que a UNITA de Jonas Savimbi também (a par da FNLA de Holden Roberto) se recusava a participar na Cimeira, se esta tivesse participação das autoridades portuguesas, enquanto o MPLA considerava que «a necessidade de revisão dos Acordos da Penina (do Alvor) não dispensavam a presença portuguesa». 
A primeirapágina do Diário de Lisboa
de há precisamente 41 anos, o dia
13 de Maio de 1975!
«Os três movimentos não podem decidir sobre um documento assinado por quatro partes», declarou um dirigente do MPLA ao Diário de Lisboa, que citamos, no mesmo dia em que a Luanda chegava Melo Antunes, o Ministro dos Negócios Estrangeiros. A Luanda, uma cidade onde «não há novos incidentes», mas onde se regista(va) a «uma fuga desordenada de técnicos europeus, devido a instabilidade da situação e aos acontecimentos sangrentos das últimas semanas».
O mesmo jornal, desse dia 13 de Maio de há 41 anos, noticiava a chegada de 400 refugiados a Lisboa, «recebido por um Grupo de Apoio que funciona no 7º. andar do edifício do Ministério da Coordenação Inter-Territorial», liderado por Almeida Santos.
O dia foi de aniversários entre os Cavaleiros do Norte: o ciclista Francisco Miranda (que não foi para Angola, era atirador), o atirador de Cavalaria José Coutinho das Neves, o condutor Manuel Brites da Costa e o 1º. cabo de transmissões José da Fonseca Mendes. Este, achámo-lo a 19 de Abril deste ano (foto acima), como empresário do sector da restauração em Lisboa - no Travessa, na Travessa das Necessidades e muito perto do Palácio deste nome, de funciona o Ministério dos Negócios Estrangeiros. 
O Mendes tem uma bonita história de vida, desde que nasceu em Alvoca da Várzea, do concelho de Oliveira do Hospital, neste dia de 1952. Aos 10 anos, com escola primária concluída, foi para Lisboa e foi ardina, até aos 14 trabalhando na rua e no Calvário. Seguiu-se a vida de marçano, numa mercearia, até aos 17/18 - idade em que entrou para a restauração, trabalhando na Praça da Armada, na tasca de um irmão. Com ele trabalhou e para ele la foram feitas obras, mas, em 1987, soube de uma mercearia em trespasse, nelas fez obras e nela instalou o seu restaurante - o Restaurante A Travessa. Que é nome da rua e qualidade no prato.
Hoje, socorremo-nos da Ordem de Serviço nº. 301 do RC4, de 26 de Dezembro de 1973, para recordar a apresentação, em Santa Margarida, dos (então futuros) furriéis milicianos atiradores de Cavalaria José Avelino Querido e António Flora (ambos para a 3ª. CCAV. 8423) e Américo Joaquim Rodrigues (1ª. CCAV.), os três oriundos da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém e apresentados à uma hora da madrugada de 23 de Dezembro. E do António Chitas, que chegava do RI3, no seu caso para a 2ª. CCAV., que chegou às 21 horas do do 22 do mesmo mês de há quase 43 anos. O tempo passa, voa!!!

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