Os furriéis milicianos Cândido Eduardo Pires, António José Cruz, José
Pires, Armindo Reino, GrenhaLopes, Norberto António Morais e Agostinho
Belo. O António Maria Lopes, sentado, foi promovido há exactamente 42 anos
Os furriéis milicianos Agostinho Belo (vagomestre), Ângelo Rabiço (enfermeiro, promovido há 42 anos, hoje se fazem) e José Adelino Querido (atirador) frente ao bar de sargentos de Santa Isabel |
A Ordem de Serviço nº. 109, de 9 de Maio de 1974, do Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4), publica as promoções dos 1ºs. cabos milicianos António Maria Verdelho da Silva Lopes (da CCS, a do Quitexe) e Ângelo Tuna Rabiço (da 3ª. CCAV., a da Fazenda Santa Isabel), ambos enfermeiros do BCAV. 8423 e agora (então) furriéis milicianos.
As promoções foram conhecidas no dia seguinte (o 10), há precisamente 42 anos e na sexta-feira em que, na Mata do Soares, os futuros Cavaleiros do Norte terminaram a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IAO) e regressavam ao Destacamento do RC4, onde se aquartelavam todos os praças e serviços do Batalhão. Oficiais e sargentos tinham acomodações próprias no RC4.
A Ordem de Serviço do RC4 com as promoções dos furriéis milicianos António Lopes e Ângelo Rabiço, ambos enfermeiros do BCAV. 8423 |
O 10 de Maio foi também de partida (dos futuros Cavaleiros do Norte) para mais um fim de semana em casa e à espera de saberem a data de embarque para Angola. Daqui, chegavam notícias de mais 3 soldados mortos em combate: António José Lopes Neto, de Novo Redondo; João Maria, de Maconda, ambos do recrutamento local; e Américo Dias Sá, de Fornos, em Santa Maria da Feira.
Portugal continuava sem Governo, que era negociado pelo presidente António de Spínola e Junta de Salvação Nacional com dirigentes dos partidos e organizações políticas. O Governo Provisório incluiria «representantes de todas as correntes políticas anti-fascistas, desde os antigos deputados liberais, agora reunidos no Partido Popular Democrático (o PPD, actual PSD) até ao Partido Comunista».
Um ano depois, em Maio de 1975, com os incidentes a repetirem-se por todo o território angolano e o Governo Português a sugerir nova cimeira com os três movimentos, a SONEFE lançava um concurso para a electrificação do Distrito do Uíge. A empreitada a adjudicar previa o estabelecimento de linhas de transporte de 220 KV e 110 KV e de grande distribuição 30 KV.
Um ano depois, em Maio de 1975, com os incidentes a repetirem-se por todo o território angolano e o Governo Português a sugerir nova cimeira com os três movimentos, a SONEFE lançava um concurso para a electrificação do Distrito do Uíge. A empreitada a adjudicar previa o estabelecimento de linhas de transporte de 220 KV e 110 KV e de grande distribuição 30 KV.
A SONEFE era a Sociedade Nacional de Estudo e Financiamento de Empreendimentos Ultramarinos, de capital anónimo e presidida por Nandin de Carvalho.
O processo do concurso custava 4 000$00 e as propostas deveriam ser apresentadas até 11 de Agosto desse ano. Em tempo de (iminente) guerra civil, repare-se no espírito de confiança, e empreendedor, com que era olhado o futuro de Angola.
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