CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 10 de julho de 2020

5 114 - Almeida e Brito no Quitoque e Quimissabi para explicar o 25 de Abril de 1974!


Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª. CCAV. 8423, na messe de sargentos do Quitexe, todos furriéis mili-
cianos: Viegas, Carvalho, Bento, Flora, 
Capitão (falecido a 05/01/2010, de doença e em Ourém) e Rocha.
À frente, Ribeiro, Reino e Grenha Lopes. Sentado, o soldado Carlos Lajes, do bar de sargentos
Quitoque e Quimassabi, povos à
 saída do Quitexe para carmona
Tenente-coronel Almeida 
e Brito, comandante do 
BCAV. 8423

O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se aos povos de Quitoque e Quimissabi, nos arredores do Quitexe e no dia 10 de Julho de 1974, no âmbito do programa de «mentalização das populações».
O objectivo principal era explicar a missão das NT depois da revolução de 25 de Abril, nua altura e que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 estavam na ZA do Quitexe desde 6 de Junho desse ano e tinham a responsabilidade operacional desde 14 seguinte.
O comandante Almeida e Brito, e seus oficiais, faziam, por essa altura, diversas diligências de natureza psicológica, precisamente para «preparar e mentalizar as populações para o programa do MFA».
A deslocação ao Quitoque e Quimassabi, sanzalas (ou povos) na saída da vila do Quitexe - entre as fazendas Matos Vaz e Pumbaloge, na Estrada do Café, para a cidade de Carmona -, foram visitadas há 46 anos, depois de o tenente-coronel Almeida e Brito também já ter estado em Aldeia e Luege (no dia 6 anterior) e reunido, no Clube do Quitexe, com autoridades tradicionais e camionistas que trabalhavam na zona e que, como aqui já lembrámos, pretendia «obter uma maior liberdade de movimentos na chamada Estrada do Café» - a que liga(va) Carmona a Luanda.
Bem cara, já agora, ficou aos Cavaleiros do Norte a garantia desse segurança: noites e dias consecutivos de patrulhamentos e escoltas, num custo brutal de serviços e desgaste físico e psicológico - nas mais das vezes, de resto, muito incompreendido e severamente criticado.
Notícia do Diário de
Lisboa de 10/07/1974

MPLA e FNLA
com diferenças !

O tempo desse tempo de há 45 anos, pelo Julho de 1974..., dava conta de diferenças entre o MPLA e a FNLA, com o movimento de Agostinho Neto a afirmar que não negociava com o de Holden Roberto.
Lúcio Lara foi quem falou em nome do MPLA e precisou, nas suas declarações à imprensa do tempo, que «enquanto a FNLA não liber-
tar cerca de 20 militantes que «conserva» detidos em Kinshasa são impossíveis negociações conciliatórias entre os dois movimentos».
Os militantes do MPLA tinham sido detidos em Junho de 1973, em Kinshasa, quando, curiosamente, negociavam a conciliação dos dois movimentos.
O mesmo Lúcio Lara, na altura, informou, porém, que 3 oficiais do MPLA já tinham sido libertados pela FNLA.
Fernando Soares
1º. cabo da CCS

Soares, 1º. cabo da
CCS, faria 68 anos !

O 1º. cabo Fernando Manuel Soares, do PELREC da CCS do BCAV. 8423, no Quitexe, faria 68 anos a 10 de Julho de 2020, mas faleceu em Abril de 2018.
Cavaleiro do Norte especialista militar de Reconhecimento e Informação, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fixou-se na Cova da Piedade, onde ao tempo já residia - no Laranjeiro e onde vários vezes o encontrámos. Trabalhou na Lisnave, aposentou-se e enviuvou e, vítima de doença, faleceu em dia indeterminado de Abril de 2018. Hoje o recordamos com saudade!

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