Forças Militares Mistas / Forças Integradas, que seriam o futuro Exército de Angola, instruídas pelo BCAV. 8423, aqui na parada do BC12, em Carmona |
Fazenda Luísa Maria no tempo da CART. 6322/COTI 2, em período imediatamente antes do BCAV. 8423 |
O dia 18 de Julho de 1975 - há precisamente 45 anos! -assinalou o fim do período de prevenção simples da guarnição militar portuguesa em Carmona. Sinal de que as «coisas» melhoravam na capital do Uíge. Começara no dia 12 imediatamente anterior.Outro importante registo do dia foi o da
«entrega de galões e divisas» aos graduados da Companhia das Forças Integradas - que desde há várias semanas vinham a ter instrução dos quadros do BCAV. 8423 - no BC12.
O Livro da Unidade refere que se procurou «valorizar aqueles que irão ser os pilares do Exército Angolano» e que se aproveitou a oportunidade de comemorar o Dia da Cavalaria e, relativamente aos quadros das Forças Integradas «explorar os deveres militares e as responsabilidades dos chefes, em acção orientadora destes elementos». Elementos que, e continuamos a citar o Livro da Unidade, «embora desejando fazer algo por Angola, se sentem submergir e a deixar de ver a aceitação e autoridade que se pretendeu imprimir-lhe».
O Dia da Cavalaria comemorou-se «com a maior singeleza», sendo celebrada missa na capela da unidade, com presença do brigadeiro e Chefe do Estado Maior do Comando Territorial de Carmona, e uma mensagem publicada na Ordem de Serviço do Dia.
O furriel miliciano Mano Vidal (à esquerda) |
A CART. 6322
no BCAV. 8423
Outro acontecimento do dia, mas de um ano antes (em 1974) foi a passagem da 1ª. CART. do BART 6322/COTI 2 à «dependência operacional do BCAV. 8423».
O Batalhão de Artilharia 6322 foi formado em Évora, no RAL 3 e com a divisa «Honra e Glória». Desembarcou em Luanda, nos dias 20 (CCS), 21 (1ª. CART.), 24 (2ª. CART.) e 27 de Novembro de 1973 (2ª. CART.) e cumpriu missões em Camabatela, Quiculungo e Fazenda Luísa Maria (ZA do BCAV. 8423), M´Pupa, Balalongo e Chitembo, entre outros destinos de intervenção. Integrava o Comando Operacional de Tropas de Intervenção (COTI) e regressou a Portugal no dia 28 de Março de 1975.
A CART. 6322, segundo o Livro da Unidade (do BCAV. 8423), «continuou a trabalhar a área dos «quartéis» de Camabatela e Quiculungo», o que, sublinha o mesmo LU, «completa o esforço operacional do Subsector em procurar actuar sobre todos os refúgios da ZA».
A 28 de Julho de 1974, «foi retirada do Subsector» e, a propósito, um dos seus furriéis milicianos era Mano Vidal, que foi companheiro de escola dos furriéis milicianos Neto e Viegas, os três de Águeda.
Picada de Zalala. Os furriéis milicianos Dias (mecânico) e Queirós, à frente, e o alferes Sampaio (atrás e à esquerda) |
Picadas de Zalala,
a Estrada do Café
Uma das actividades dos Cavaleiros do Norte, há 46 anos e entre outras, foi a de, sempre que solicitados, proteger as brigadas de trabalho da Junta Autónoma de Estradas de Angola (JAEA).
Tal aconteceu com muita frequência nos primeiros meses da jornada angolana do Uíge, particularmente em obras de requalificação da Estrada do Café - que liga(va) Luanda a Carmona.
Há precisamente 43 anos, «prosseguiam os trabalhos» no troço entre Vista Alegre e Ponte do Dange». A 18 de Julho de 1974, há 46 anos, «iniciaram-se trabalhos de reparação do itinerário para Zalala» - a partir do Quitexe.
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