A quinta-feira de 7 de Agosto de 1975, já 75 anos, foi tempo de os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 refazerem forças no Batalhão de Intendência de Angola (BIA), depois da epopeica coluna terrestre que os levou de Carmona ao Grafanil.
Os graves combates pela ocupação de Lucala, que era ponto rodoviário estratégico das ligações de Luanda com Malanje e Carmona, eram a grande notícia do dia. A ligação mais próxima
Leal, atrás (falecido a 18 de Junho de 2007, no Pombal) e Mada- leno, dois Cavaleiros do Norte do PELREC da CCS |
O ELNA, exército da FNLA, teria sido «expulso de
Lucala e debandava em direçção a Samba Caju». Localidades por onde, pouquíssimo tempo antes, no dia 4, tinha passado a coluna dos Cavaleiros do Norte.
Recolher obrigatório e
ataque a avião com Savimbi
A «situação de acalmia» que se verificava em Luanda levou as autoridades a alterar o horário do recolher obrigatório. Era entre as 22 e as 6 horas da manhã, passou a ser entre a meia noite e as mesmas 6 horas, segundo anunciou o Estado Maior General das Forças Armadas Portuguesas.
Houve, na véspera e antevéspera, confrontações em Silva Porto, entre as forças do MPLA e da FNLA/UNITA, e suspeitou-se um ataque ao avião em que seguia Jonas Malheiro Savimbi. Ele mesmo, em declarações à Emissora Oficial de Angola, admitiu que tal tivesse acontecido, quando «o avião se preparava para voar para o exterior».
Tal justificou a «aliança» UNITA/FNLA contra o MPLA. «Descoberta esta tentativa, as forças das FALA, mais tarde aliadas às do ELNA, conseguiram derrubar aqueles que estavam a arranjar confusão», disse Savimbi, sublinhando que «as duas forças ocupam 80% da cidade».
Forte de S. Pedro da Barra |
Fogo no Forte de
S. Pedro da Barra
A cidade de Luanda apresentava-se calma, mas no Forte de S. Pedro da Barra, à entrada do porto, onde estavam entrincheirados 600 homens da FNLA, «fogo intenso rebentou».
Os homens da FNLA (o ELNA) estavam lá desde os «sangrentos combates de Luanda» e na manhã de 7 de Agosto de 1975, «marinheiros do Porto de Luanda declararam ter ouvido prolongadas rajadas de metralhadoras, intercaladas por explosões de granadas que pareciam ser de morteiros disparadas do Forte». A FNLA teria ameaçado bombardear a refinaria de petróleo de Luanda, se os seus homens «sitiados no Forte fossem atacados pelo MPLA».
A noite da véspera, dia 6 de Agosto de 1975, foi tempo de se «ouvirem tiros noutros pontos da capital», nomeadamente nas «áreas residenciais do centro», mas não havia confirmação oficial de tais incidentes. Os Cavaleiros do Norte continuavam aquartelados no Grafanil.
Adão Morais |
Adão, 1º. cabo de Zalala,
faleceu há 11 anos !
O 1º. cabo Adão Luís Correia de Morais, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, na mítica Zalala, faleceu a 7 de Agosto de 2009. Há 11 anos e de doença!
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e natural de Bouças de Cima, na freguesia de Ordem, concelho de Lousada - lá regressou no dia 9 de Setembro de 1975, concluída a sua comissão militar em Angola - que também o levou a Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Por lá continuou a vida e lá faleceu, aos 57 anos. Tinha nascido a 10 de Abril de 1952.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Leiria de de Santa Isabel
faz 68 anos no Seixal !
O 1º. cabo Fernando José Trigoso Leiria, atirador de Cavalaria de especialidade e militar da 3ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 7 de Agosto de 2020.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel, foi castigado com 20 dias de prisão disciplinar agravada em Setembro de 1974, depois agravada pelo Comando do Sector do Uíge (para 30 dias) e pela Região Militar de Angola (para 40). Foi despromovido a soldado e transferido para a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa.
Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, à Brandoa, no concelho de Oeiras, e actualmente reside no Fogueteiro, no concelho do Seixal, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
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