CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 29 de agosto de 2020

5 165 - O (não) regresso no «Niassa», por «troca» com avião...

O capitão António Oliveira,comandante da CCS do BCAV.
8423, e os alferes milicianos António Albano Cruz, Jaime
CRibeiro e António Garcia (falecido a 2/11/1979)
BCAV. 8423

O capitão António Martins de Oliveira, do SGE e comandante da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCA. 8423, tinha aquela «graça» de «simpatizar» comigo e com o Neto e destacou-nos para, com outros (o 1º. sargento Luzia foi quem nos foi «abrir» a porta ) irmos ao navio «Niassa» (foto) fazer a distribuição do pessoal que, do BCAV. 8423, partiria de Luanda para Lisboa, a 8 de Setembro de 1975. 
O navio estava estacionado no porto de Luanda e lá fomos! Foi nos últimos dias de Agosto e não gostámos muito do barco! Mas tinha de ser e, com alguém do «Niassa» (não me lembro bem como), ainda por lá andámos as ver porões e camaratas, cheios de papéis e de nomes na mão, para desarriscar do rol. Felizmente, a coisa deu para virmos de avião e, quando o soubemos, só não pusemos foguetes por não os termos. Entre 8/9 horas de avião e 9/10 dias de barco, não era preciso vir o diabo escolher. Quem por nós decidira, decidira muito bem! 
O navio «Niassa», no qual esteve para regressar
a Portugal o BCAV. 8423. Há 45 anos!

A (não) viagem de regresso 
no navio «Niassa» !


 O capitão Oliveira tinha aquela «graça» de «simpatizar» comigo e com o Neto e destacou-nos para, com outros (o 1º. sargento Luzia foi quem nos foi «abrir» a porta ) irmos ao navio «Niassa» (foto), que estava estacionado no porto de Luanda, fazer a distribuição do pessoal que, do BCAV. 8423, partiria de Luanda para Lisboa, a 8 de Setembro de 1975. E lá fomos! Foi nos últimos dias de Agosto e não gostámos muito do barco! Mas tinha de ser e, com alguém do «Niassa» (não me lembro bem como), ainda por lá andámos as ver porões e camaratas, cheios de papéis e de nomes na mão, para desarriscar do rol. Felizmente, a coisa deu para virmos de avião e, quando o soubemos, só não pusemos foguetes por não os termos. Entre 8/9 horas de avião e 9/10 dias de barco, não era preciso vir o diabo escolher. Quem por nós decidira, decidira muito bem! 
O Machado (que ontem fez 68 aninhos, festejados na sua casa de Braga) também por lá esteve connosco numa das idas e, nessa, guiava um jeep militar. 
Decidimos ir almoçar para a Mutamba e metemos-nos ao trânsito da cidade. Que não era tão fluído assim e nos «enrascou». Melhor dizendo, «enrascou» o Machado - que se viu em palpos de aranha para fazer uma manobra, por falta de «bracagem» da viatura. Íamos fardados e fomos brindados com uma monumental assobiadela e um rol de nomes bem pouco simpáticos.
A comunidade civil, na verdade - aionda que injstamente... -, andava revoltada com a tropa portuguesa, não poupava quem visse de farda e insultava. Foram assim muitos dos nossos últimos dias de Angola, em Agosto e até 8 de Setembro de 1975. 
Manuel Vilaça
apontador  de 

morteiros de Zalala

Vilaça de Zalala, 68
anos em Famalicão !

O soldado Vilaça, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 29 de Agosto de 2020.
Apontador de morteiros dos «zalalas» do BCAV. 8423, integrou o grupo de combate comandado pelo alferes miliciano Pedro Rosa e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, à sua natal Barroca, na  freguesia de Outriz, em Vila Nova de Famalicão.
Lá continua a morar, agora já aposentado, e é frequentador permanente dos encontros dos «zalalas» do capitão miliciano Davide Castro Dias. Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns! 
Carlos Costa, de
Zalala, o Alfama

Costa, o Alfama de Zalala,
faria 68 anos. Morreu em 2015!

O soldado Carlos Alberto dos Santos Costa, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala, faria 68 anos a 29 de Agosto de 2020. Faleceu a 24 de Abril de 2015.
Cavaleiro do Norte especialista de transmissões e por lá conhecido e muito mais popularizado como Alfama, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, à sua casa da avenida 24 de Julho, na freguesia de Santos, em Lisboa.
O pouco que sabemos dele é informação do furriel João Dias: vivia em Azeitão, concelho de Setúbal, onde faleceu há pouco mais de 5 anos. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!! 

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