CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 10 de outubro de 2020

5 207 - Reuniões de comandantes do Sector do Uíge e cinema no Quitexe!

O Clube do Quitexe, à esquerda e em imagem de 24 de Setembro de 2019 - há um ano.
 À direita, reconhecem-se  o condutor Nogueira, da CCAÇ. 2019/RI 21, a do Liberato, e o 
furriel Viegas, da CCS do BCAV. 8423


O furriel Viegas em frente à antiga enfermaria do
BCAV. 843 (casa azul), a 24 de Setembro de 2019

Os comandantes das várias Unidades agrupadas no Comando do Sector do Uíge (CSU) reuniram-se em Carmona no dia 10 de Outubro de 1974, há 46 anos e
«a diversos níveis e entre as diversas autoridades».
Voltaram a reunir-se nos dias 18, 21, 25, 26 e 18 desse mesmo Outubro.
O mesmo dia 10 deste Outubro foi tempo de, no Clube do Quitexe (foto) e no âmbito das actividades de ação psicológica, se iniciar a rodagem de «novo filme, em toda a ZA», até 23 de Outubro - ação que, segundo o livro «História da Unidade», foi «completada em actividade orientada para as populações, com a sua projeção no Quitexe, a 29 de Outubro».
O Quitexe foi templo da nossa visita de saudade, há precisamente um ano - de Angola regressámos ontem se passou... - e dele aqui deixamos mais duas imagens de memória da terra uíjana que foi chão da nossa jornada africana por terras do norte de Angola.

«Portugal não quer impor soluções em
África», disse Melo Antunes na Assembleia
Geral das Nações Unidas, citado pelo Diário de
Lisboa de há precisamente 46 anos


Portugal não queria impôr
soluções em África

Ao mesmo tempo, o presidente do MPLA afirmava que «o problema angolano tem sido objecto de múltiplas manobras mistificadoras, às quais não são alheias as potencialidades e a situação geográfica e estratégica de Angola».
Agostinho Neto acrescentou que «pretender estabelecer as bases de quaisquer negociações concernentes à independência de Angola sem ter em conta a principal força nacionalista, o MPLA, constitui o mais flagrante ultraje a todos aqueles que, voluntariosamente, verteram o seu sangue e o seu suor ao longo de 13 anos de luta armada». Isso significaria «perpetuar a guerra em Angola».
Um ano depois, há 45 e nas nas Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o major Melo Antunes, recusando «impor soluções em África», manifestou, todavia, a sua «preocupação sobre a transferência de poderes na data da independência, atendendo à situação concreta que se vive actualmente em Angola, de verdadeira guerra civil». 
Estava-se a 32 dias da independência (11 de Novembro de 1975) e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal referiu ter «grande confiança na cooperação dos Estados africanos, mormente daqueles com maiores interesses na área»
Transmissões de Zalala, todos 1ºs.
cabos: Jorge, Lourenço e Hélio,
que hoje festeja 68 anos, em
Castro Daire


Hélio, 1º. cabo de Zalala,
68 anos em Castro Daire!

O 1º. cabo Hélio  Rocha da Cunha, da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, festeja 68 anos a 10 de Outubro de 2020.
Especialista de transmissões militares e natural de Mamouros, freguesia do concelho de Castro Daire, lá voltou a 9 de Setembro de 1975 e por lá fez vida profissional e familiar, com a sua «mais-que-tudo», a D. Fátima.
A 31 de Agosto de 2018, sujeitou-se a delicada operação cirúrgica a um olho, mas está «fino que nem um alho» e, já aposentado desde os 58 anos (de trabalho por conta própria), hoje festeja os 68 em Castro Daire, rodeado da família. 
Parabéns!

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